Cultura

Dores nas pernas podem indicar sinal de doença

Quando os tecidos na perna não recebem oxigênio suficiente, isso pode resultar em dor nas pernas, particularmente nas panturrilhas

Certas condições médicas geralmente levam a dor nas pernas, como a aterosclerose, estreitamento e endurecimento das artérias devido ao acúmulo de gordura e colesterol. Quando os tecidos na perna não recebem oxigênio suficiente, isso pode resultar em dor nas pernas, particularmente nas panturrilhas.

Problema é caracterizado pelo estreitamento, espessamento ou endurecimento das artérias e é fator de risco para infarto e AVC.

“Aterosclerose é o depósito de substâncias como o colesterol e gordura na parede das artérias. Com o tempo as placas de aterosclerose podem provocar um estreitamento na luz das artérias gerando sinais e sintomas de isquemia como a falta de sangue nos membros”, explica o cirurgião vascular Guilherme Bortolon.

A aterosclerose é o estreitamento, espessamento ou endurecimento das artérias-tubos que conduzem o sangue oxigenado do coração a todos os órgãos do corpo. Embora a doença possa se iniciar na infância, em geral, ela ocorre em pessoas com mais de 45 anos, principalmente em homens.

De acordo com o médico, os sinais e sintomas da aterosclerose começam a aparecer tardiamente. “Os sintomas só se apresentam quando as placas de ateroma já estão gerando algum grau de isquemia no membro acometido. Os sinais e sintomas nos membros inferiores são: dor na panturrilha para caminhar, palidez e membros frios, perda de pelos e atrofia da pele. Em casos mais avançados ocorre dor no repouso e úlceras que não cicatrizam”, relata.

As varizes podem não apresentar sintomas além do aparecimento de veias tortuosas, dilatadas e azuladas abaixo da pele. Quando os sintomas das varizes aparecem, estes são: dor leve, ardor ou sensação de peso nas pernas (que podem ser mais acentuados no fim do dia), leve inchaço (geralmente envolvendo apenas os pés e tornozelos) e coceira na pele sobre a veia varicosa.

Tratamento

O melhor tratamento é a prevenção, evitando o tabagismo, etilismo, sedentarismo, mantendo taxas de colesterol e triglicerídeos normais, realizando tratamento adequado da hipertensão e do diabetes e realizando consultas periódicas ao cardiologista e quando indicado, ao cirurgião vascular.

“Após o aparecimento dos sintomas é necessário tratamento clínico com normalização dos níveis de colesterol e triglicerídeos, tratamento adequado do diabetes e hipertensão, suspenção do tabagismo e avaliação do cirurgião vascular para direcionar o tratamento adequado para doença arterial (clínico ou cirúrgico)”, reforça o médico.