Mesmo diante das cheias dos rios por conta do rigoroso inverno deste ano, ainda é comum ver pessoas se expondo aos riscos de banhos em rios, igarapés e lagos do Estado. Nos balneários da Capital, a cena é bastante corriqueira, principalmente nos fins de semana.
De acordo com dados da Defesa Civil Estadual, de maio até julho deste ano foram registradas quatro mortes decorrente de afogamentos, um número que pode parecer pequeno, mas que expõe a falta de conscientização por parte dos banhistas em relação aos riscos que se submetem.
“Agora, no período de inverno, nós tivemos quatro registros de afogamento, um na região do Rio Uraricuera e outro já próximo ao Município de Alto Alegre. Outras duas ocorrências foram registradas aqui, na Capital, sendo uma no começo de maio e outra em junho. Provavelmente agora, com o fim das chuvas, a quantidade de pessoas deve aumentar, necessitando que se redobrem os cuidados com esse tipo de programação”, afirmou o chefe de Operações Emergenciais da Defesa Civil Estadual, tenente Emerson Gouvêa Lima.
Ele disse que, apesar de os rios do Estado terem apresentado diminuição no volume de água, a correnteza ainda continua forte, o que aumenta os riscos de fatalidade nesses locais. “No geral, quando atendemos ocorrências relacionadas a afogamento, a maioria das vítimas é de pessoas que achavam que sabiam nadar bem, mas quando tentaram lutar contra a força da correnteza, acabaram não se dando bem”, disse.
Outros fatores, como o uso de bebida alcoólica e saltos de barranco e árvores, também podem contribuir para o risco de morte por afogamento. Segundo Lima, mesmo com a presença efetiva de guarda-vidas nos balneários, muitas pessoas ignoram as recomendações dos especialistas e acabam entrando na água sem se darem conta de que estão brincando com a própria vida.
MONITORAMENTO – Questionado sobre as ações de monitoramento, o tenente explicou que a vigilância nos balneários dentro do perímetro urbano de Boa Vista, como Cauamé, Caranã, Curupira, Praia da Polar, do Caçari, é executada pela Defesa Civil Municipal, enquanto a Praia Grande, que fica localizada na divisa entre a Capital e o Município do Cantá, é de responsabilidade da Defesa Civil Estadual.
“Apesar de cada balneário ter um órgão responsável pelas ações do monitoramento, ambas trabalham em parceria, principalmente quando há aumento na presença de banhistas, que ocorrem geralmente aos fins de semana e feriados. Além disso, o Corpo de Bombeiros oferece treinamento para a formação de novos guarda-vidas, que ajudam a reforçar as atividades de preservação de vidas nessas localidades”, salientou.
No interior, a vigilância é feita pela Defesa Civil de cada município, que possui ainda o suporte do Corpo de Bombeiros, que mantém bases em Rorainópolis, Caracaraí e Pacaraima. Qualquer solicitação de socorro deve ser comunicada pelo número 193. (M.L)