Polícia

Ex-presidiário é preso sob suspeita de participar de incêndio a agência bancária

PM chegou ao suspeito depois que foi avisada sobre um incêndio em uma agência bancária da Avenida Ataíde Teive

Depois do ataque a uma agência bancária na Avenida Ataíde Teive, no bairro Asa Branca, zona oeste, cujo interior ficou parcialmente destruído pelo fogo, a Polícia Militar iniciou buscas pelas proximidades a fim de encontrar os suspeitos do crime. Durante toda a noite e madrugada, os militares fizerem ronda por toda a região que compreende os bairros que ficam no entorno do Asa Branca.

Policiais militares avistaram um carro Astra, cor prata, em atitude suspeita, ao lado de uma picape Strada, cor branca, na Rua Henrique de Oliveira Gomes, bairro Jóquei Clube. Quando a viatura aproximou-se, os veículos seguiram em direções opostas, sendo possível acompanhar apenas o Astra que era conduzido por um ex-presidiário que está em liberdade há dois meses, depois de ser beneficiado com um Alvará de Soltura.

O homem estava preso na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) por envolvimento com o tráfico de drogas. Após revista no interior do veículo que ele conduzia, foi encontrado um carote de cinco litros, vazio, ainda molhado de gasolina. Ao ser questionado, o elemento contou várias versões e não soube explicar exatamente o que fazia no local.

Enquanto o indivíduo estava sendo abordado, os policiais ouviram no rádio que o prédio onde funciona a Delegacia do Idoso, na Rua Lindolfo Bernardo Coutinho, no bairro Tancredo Neves, ainda na zona oeste, também foi alvo de uma tentativa de incêndio. Na ocasião, três criminosos pularam o muro da unidade e, munidos de uma garrafa pet de dois litros com gasolina, aproximaram-se do local para a execução do delito, mas foram avistados por um agente que reagiu e impediu o crime (veja mais sobre o assunto na página 7A).

O suspeito foi levado para o Plantão Central do 5º Distrito Policial e, durante depoimento, negou que pertence ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e que não teria participação no atentado à agência bancária. Ele contou que o carote foi usado para abastecer a motocicleta de seu pai, que o combustível foi comprado no domingo, em um posto próximo à residência onde mora, no bairro Alvorada. Ele disse que o carro pertence à sua mãe.

Como não havia comprovação de que o homem foi responsável pelo incêndio, o delegado de plantão decidiu liberá-lo. O carote e a garrafa pet foram apreendidos e ficarão sob a responsabilidade da Polícia Civil.

N.R.: A Folha resguardou o nome do suspeito respeitando o artigo 5º da Constituição Federal, que preceitua que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. O mesmo artigo prevê que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. (J.B)