Moradores do bairro Cidade Satélite, na zona oeste, estão preocupados com a demora, por parte da Prefeitura de Boa Vista, na entrega da ponte que facilitará o tráfego de veículos pelo bairro Jardim Caranã, uma vez que o trânsito está cada vez mais conturbado, com congestionamento nos horários de pico na única via de acesso ao bairro. A obra, que faz do projeto municipal de mobilidade urbana, deveria ter sido concluída em maio deste ano, o que acabou não ocorrendo.
“Fica muito complicada a vida dos moradores, pois a obra simplesmente parou. A única forma de chegar ao Centro é ter que pegar o acesso pela Avenida Carlos Pereira de Melo, que além de demorada, fica muito pior por conta do número de buracos”, destacou um funcionário público.
A Folha foi até o local da obra, na manhã de ontem, 08, e constatou que a ponte está praticamente concluída, faltando apenas o revestimento nas cabeceiras. Segundo o encanador Rafael dos Anjos, 26 anos, até o início dessa semana ainda era possível passar sem problema algum, no entanto, a Prefeitura acabou impedindo o acesso ao colocar bloco de concreto no local.
“Até ontem, o pessoal ainda estava conseguindo passar por aqui. Havia uma rampa de acesso nos dois lados, mas aí não sabemos o porquê a Prefeitura resolveu colocar esses blocos, muito menos quando voltarão a trabalhar na obra. Seria interessante que terminassem tudo, pois eu sou morador do Jardim Caranã e faço alguns trabalhos no Cidade Satélite. Fica complicado eu chegar até o local de trabalho com esse obstáculo no caminho”, ressaltou.
PREFEITURA – Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Obras (Smou) confirmou que o tráfego na ponte que interliga os bairros Cidade Satélite e Jardim Caranã está bloqueado, já que a obra ainda está em andamento. A previsão é que os trabalhos sejam finalizados em outubro deste ano.
“A secretaria ressalta que quando a equipe que trabalha na construção da ponte fez as escavações, encontrou um antigo lixão, por tanto, o local precisou de um aterro especial, que está em processo final de licitação”, informou, acrescentando que a interdição se deu para garantir a segurança da população.
Conforme a nota, os moradores fizeram uma espécie de aterro na cabeceira da ponte de forma inadequada para que pudessem passar. Porém, esse aterro improvisado coloca em risco a segurança de quem passa pelo local, uma vez que não se trata de um serviço feito por profissionais. (M.L)