Polícia

DGH elucida morte de vigilante do IFRR

A Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) elucidou, nesta quarta-feira, 30, o caso do latrocínio do segurança do Instituto Federal de Roraima (IFRR), Alan dos Santos Oliveira, após prender o principal suspeito do crime. O autor dos disparos foi Simão Pedro da Silva, de 18 anos. Ele confessou ter praticado o crime para roubar a arma da vítima. O caso aconteceu no dia 29 de julho deste ano, no prédio do IFRR Zona Oeste, que fica no Conjunto Cidadão, bairro Laura Moreira.

Simão foi interrogado pelo delegado Cristiano Camapum, titular da DGH, e disse que no momento em que atirou, o vigilante já estava rendido. Na ocasião, os criminosos roubaram o aparelho celular, o revólver e o colete da vítima.

Alan foi executado com um tiro na nuca, mesmo depois do segundo infrator ter fugido do local já levando a arma e o colete da empresa para a qual a vítima trabalhava. O interrogatório de Simão durou mais de quatro horas, até o delegado convencer o infrator, diante das provas, a confessar o crime e colaborar com as investigações.

“Inicialmente, o infrator insistia em negar a autoria do crime, dizendo que era traficante de drogas e que havia apenas ficado com o telefone da vítima por meio de um usuário de drogas desconhecido, que teria ido a sua boca de fumo comprar entorpecentes, versão já contada para a polícia quando foi flagranteado pelo 4° Distrito Policial pela prática de outros crimes, no dia 31 de julho também deste ano”, destacou Camapum.

Simão foi preso por policias militares e encontrado em posse de uma arma de fogo com numeração raspada e de um aparelho celular, sendo apresentado no 4° Distrito Policial, dois dias após o crime, apenas como suspeito de envolvimento no latrocínio.

“Nesse primeiro momento, a polícia não tinha a confirmação de que o aparelho celular encontrado com Simão era realmente da vítima. Diante da ausência de provas do envolvimento no latrocínio, Simão foi autuado em flagrante apenas por porte ilegal de arma, formação de quadrilha e receptação do aparelho celular, pelo delegado Alberto Correia do 4° DP”, explicou o titular da DGH.

No entanto, como as investigações do latrocínio já seguiam pela Delegacia de Homicídios, depois de uma análise minuciosa do caso, ficou comprovado que o aparelho celular era do vigilante assassinado. Além disso, testemunhas oculares foram identificadas e ouvidas na DGH, e reconheceram Simão por fotografia, confirmando ser ele o autor dos disparos contra a vítima.

Como se encontrava preso na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), devido ao flagrante, Simão foi levado para interrogatório na DGH, ocasião em que confessou o crime, esclarecendo todas as circunstâncias da morte da vítima. “Simão, infelizmente, não quis fornecer o nome de seu comparsa e nem maiores informações, afirmando que seguraria a ‘bronca’ sozinho, mas a DGH segue investigando para identificar e responsabilizar também o segundo infrator”, ressaltou Cristiano Camapum.

O titular da DGH esclareceu que a delegacia já tem informações quanto ao segundo infrator e, em breve, o caso estará completamente solucionado. Simão foi indiciado por latrocínio, que é o roubo seguido de morte. (J.B)