Cotidiano

Trabalhadores do Minha Casa, Minha Vida estão preocupados com o anúncio de atraso do 13º

Uma média de 600 trabalhadores que fazem parte do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Roraima (Sinduscon-RR), se mostraram preocupados com as declarações publicadas na edição da Folha, da última quarta-feira, dia 17, na qual o  diretor tesoureiro da entidade, Veronildo Holanda, afirmou que a falta de dinheiro poderá prejudicar o pagamento da segunda parcela do 13º salário dos funcionários trabalhadores do programa Minha Casa Minha Vida no estado.
“A Folha entrevistou o Sinduscom e ele disse que provavelmente ficará comprometido o pagamento da segunda parcela do 13º salário. Eles estão falando que provavelmente não irão pagar. O que o Governo está dizendo é que desconhece essa informação, enquanto isso nós ficamos em um beco sem saída”, disse um dos trabalhadores, Dionizio Alves.
Ele destacou que trabalhadores em construção do programa do Governo Federal executado no estado ficaram com os ânimos exaltados com a mensagem transmitida e que irão cobrar do sindicato uma posição a respeito caso o pagamento realmente atrase. “Os trabalhadores que precisam e que têm esse direito assegurado na lei, vão nos procurar querendo saber o porquê, mas nós não teremos como responder eles, porque o Governo não nos dá uma posição concreta. A lei diz que até o dia 20 o 13º deve ser pago e isso é tudo o que nós queremos, sabemos que o Governo repassou a verba para as empresas e elas precisam nos pagar, ou nós iremos atrás dos nossos direitos”, reclamou.
HISTÓRICO- Conforme a matéria publicada pela Folha, com informações do Sinduscon-RR, as empresas responsáveis pelas obras do programa do Governo Federal Minha Casa Minha Vida em Roraima, estão há cerca de dois meses sem receber os repasses para a execução dos trabalhos. O programa na área urbana é dividido por três faixas de renda mensal: até R$ 1.600 (faixa 1), até R$ 3.100 (2) e até R$ 5 mil (3).
O diretor financeiro, Veronildo Holanda, ressaltou que os atrasos ocorrem somente na faixa 1. “Maior parte da obra é bancada pelo Governo Federal. O beneficiado paga uma taxa simbólica que pode chegar até a R$ 80,00”, explicou Holanda.
Ele afirmou ainda que em Roraima, estão em andamento três obras do programa federal: Pérola 6 e 7, Ajuricaba, no bairro Airton Rocha, zona Oeste, e Vila Jardim, no Cidade Satélite, também na zona Oeste.
Os atrasos nos pagamentos para as empresas do setor da construção envolvidas no programa habitacional do Governo Federal poderão impedir as empresas de honrar com os compromissos de final de ano. “Até o momento, as construtoras estão cumprindo com o pagamento de seus colaboradores, mas devido à falta de recursos, a segunda parcela do 13º salário poderá ser comprometida”, disse Holanda.
GOVERNO – A Folha entrou em contato com a Assessoria de Comunicação do Ministério das Cidades, mas até o fechamento dessa matéria, às 18 horas, não obteve retorno. (JL)