Cotidiano

Roraima terá 11 escolas de tempo integral a partir do próximo ano

Além das sete unidades de ensino que já implementaram a nova carga horária, outras quatro iniciaram o planejamento para o ciclo 2018-2020

O prazo para as secretarias estaduais de Educação de todo o Brasil aderirem ao Programa de Fomento à implementação de Escolas em Tempo Integral para o Ensino Médio encerrou nesta segunda-feira, 11. Além das sete unidades de ensino que já implantaram a nova carga horária em 2017, outras quatro escolas entregaram a proposta estadual de adesão para o Ministério da Educação (MEC), que avaliará o documento.

Na Capital, as escolas Ana Libória, no bairro Mecejana; Severino Cavalcante, no bairro Sílvio Botelho; Maria das Dores Brasil, no bairro Treze de Setembro; e Antônio Carlos Natalino, no Jóquei Clube, já fazem parte do sistema integral. No interior, as escolas Padre José Monticone, em Mucajaí; Sales Guerra, em Caracaraí e José de Alencar, em Rorainópolis, também estão no programa.

Ao todo, 2.460 alunos das sete unidades de ensino estudam atualmente em tempo integral. Enquanto estudantes de outras escolas cumprem uma carga horária de 800 horas/ano, os alunos da escola integral têm uma carga horária de 1.400 horas/ano.

As outras quatro unidades de ensino, conforme a Secretaria Estadual de Educação e Desportos (Seed) também ficam na Capital e no interior, mas a informação repassada é de que os nomes só poderão ser divulgados após avaliação do MEC. Conforme o calendário do programa, as secretarias estaduais de Educação que optarem pela adesão ao programa terão dois meses de planejamento para o ciclo 2018-2020.

Para ser aprovada pelo Ministério da Educação, a proposta deve conter o plano de gestão escolar, o planejamento pedagógico, a proposta de plano de diagnóstico e nivelamento e o plano de participação da comunidade nas escolas. Além disso, as escolas devem ter no mínimo 120 alunos no primeiro ano, ser somente de Ensino Médio, sem Ensino Fundamental e possuir a menor nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Segundo a coordenadora das Escolas em Tempo Integral em Roraima, Luzineth Rodrigues Martins, Roraima está dentro do que é previsto pelo MEC. “Estamos atendendo as portarias que estipulam as quantidades de escolas em tempo integral. Para o próximo ano serão mais quatro escolas”, disse.

Caso sejam escolhidas, as unidades recebem recursos do MEC para construção de vestiários, quadras, refeitórios e outros itens necessários para o ensino em tempo integral. O custo para cada aluno é estimado em R$ 2 mil, incluindo a compra de material didático.

Conforme a coordenadora, não deve haver processo seletivo para o ingresso de alunos nessas unidades. “A Portaria prevê que nós selecionemos o aluno por proximidade e isso nós atendemos, pois têm prioridade os alunos que moram próximos das escolas em tempo integral e as matrículas foram feitas considerando isso. Os que não tiverem interesse podem sair e procurar outras escolas”, informou.

Ela ressaltou que o programa de tempo integral proporciona melhor aprendizagem aos alunos. “O programa é interessante porque o objetivo é proporcionar maior aprendizagem. O estudante fica mais tempo para aprender e os professores dizem que o comportamento dos alunos muda, pois se preocupam com aprendizagem”, frisou.

PROGRAMA — Lançado com a reforma do Ensino Médio, o programa tem por objetivo garantir apoio, durante dez anos, às redes estaduais, para ampliação do ensino integral, que é uma das prioridades do MEC.

Até 2018, 500 mil novos estudantes do ensino médio de todo o Brasil deverão passar para o regime de tempo integral, política que o MEC fomentará com investimentos de R$ 1,5 bilhão, ao longo desses dois anos.

A admissão dos alunos deve ocorrer por proximidade da escola pública de origem ou local de moradia. Já as escolas e regiões de vulnerabilidade social ou com baixos índices sociodemográficos devem ter prioridade no momento da seleção. (L.G.C)