Cotidiano

Voluntários do HMI pedem doações para confeccionar polvo de crochê para bebês

Desenvolvido no Hospital Materno Infantil desde 2010, o método auxilia no desenvolvimento de bebês prematuros

Desenvolvido desde 2010 em Roraima, o projeto Octopus tem feito a diferença na vida de muitos bebês prematuros do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN). Trazido da Dinamarca, o método consiste na confecção de pelúcias em formato de polvo feitos com linhas de crochê, revestidos internamente por manta de acrílico.

Técnica em enfermagem da maternidade há mais de 10 anos, Betânia Magalhães é uma das principais responsáveis por difundir a iniciativa dentro da maternidade. Ela disse que, além de inovador, o método também é seguro e proporciona grande conforto para o bebê. Como os tentáculos do polvo se assemelham ao cordão umbilical, o objeto faz com que os recém-nascidos lembrem o momento intrauterino.

Quando há um caso de bebês prematuros, o contato com a mãe é bastante limitado. Ela tem que amamentá-lo, mas não pode ficar muito tempo com ele e isso gera um grande estresse para o bebê, a ponto de eles começarem a perder peso. Com esse método dos polvos de crochê, esse bebê acaba se sentido mais confortável. É como se ele sentisse que há alguém cuidando o tempo todo dele”, comentou.

Devido ao alto custo dos materiais e a grande demanda da unidade, o grupo que faz parte do projeto está promovendo uma campanha para sensibilizar a população a contribuir com doações. “Só para se ter uma ideia, a linha de crochê Barroco nº 6, que é a que utilizamos para confeccionar os polvos, custa, em média, R$ 35,00, fora a manta de acrílico. É um custo elevado para os voluntários, mas desde quando começamos a fazer a divulgação da campanha, nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp, a gente tem tido um retorno bacana de pessoas que se sensibilizam com o nosso pedido”, comentou.

Vale ressaltar que, antes da finalização das pelúcias, a manta de acrílico utilizada para dar corpo ao polvo é levada ao setor de materiais esterilizados, e só após isso é repassado ao recém-nascido.

Para fazer a doação dos materiais, o interessado pode entrar em contato pelo telefone 98102-2101 (Betânia) ou comparecendo pessoalmente a Coordenação de Enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Maternidade.

“Pode parecer pouco, mas essa doação é muito maior para quem necessita. Não só os bebês se sentem bem, mas as mães também se sentem acolhidas, pois isso faz com que o tempo de permanência dentro da maternidade seja melhor e o processo de fortalecimento do recém-nascido se dê de forma mais eficaz. Então, toda ajuda é muito bem vinda”, frisou. (M.L)