Operação da Policia Federal deflagrada nesta quarta-feira, 11, constatou o envolvimento de dezenas de servidores públicos em um esquema milionário de contrabando de gasolina da Venezuela para Roraima. Segundo a PF, entre os envolvidos estão quatro policias militares que facilitavam a passagem dos contrabandistas nos postos de fiscalização em Pacaraima, região Norte de Roraima.
Conforme a PF, o esquema movimentava mais de R$ 1 milhão por mês para cada dez contrabandistas que traziam, por dia, cerca de 10 mil litros de gasolina da Venezuela para abastecer táxis-lotação, táxis convencionais e garimpeiros, que eram os principais consumidores do negócio.
A Polícia Federal informou que o Comando da Polícia Militar (PM) colaborou com as investigações contra os agentes da corporação que foram denunciados. Um PM teve a prisão preventiva decretada junto a outras 43 pessoas. Outros três foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimento na sede da PF.
Ao todo, foram cumpridos 44 mandados de prisão preventiva, 62 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de condução coercitiva. Foram apreendidos dois veículos fabricados no Brasil e dois caminhões-baú da Venezuela que eram utilizados para fazer o contrabando do combustível, além de vários litros de gasolina em carotes, alimentos, produtos de limpeza e bebidas alcoólicas.
A PF informou que todos os envolvidos estão sendo ouvidos e serão indiciados pelos crimes de contrabando, organização criminosa, facilitação ao contrabando e descaminho. Se condenados, podem pegar até 25 anos de prisão. Os envolvidos que foram presos serão encaminhados para a Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc).
OUTRO LADO – O Comando-Geral da Polícia Militar de Roraima informou em nota que em razão da operação da Polícia Federal desencadeada na manhã desta quarta-feira, 11, culminou na prisão de um policial militar e a condução coercitiva de mais três, este Comando se coloca à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos necessários e aguardará a conclusão das investigações para adotar as medidas pertinentes à conduta dos policias, respeitando o devido processo legal e a presunção de inocência.