Cultura

Fonoaudióloga explica como funciona o aparelho de amplificação sonora

O dispositivo deve ser colocado diretamente no ouvido para ajudar a ampliar o volume dos sons, facilitando a audição de pessoas

O aparelho auditivo, também chamado de prótese auditiva acústica, é um pequeno dispositivo que deve ser colocado diretamente no ouvido para ajudar a ampliar o volume dos sons, facilitando a audição de pessoas que tiveram perda desta função, de qualquer idade, sendo muito comum em idosos que perdem a capacidade auditiva por causa do envelhecimento, chamado de (presbiacusia).

De acordo com a Fonoaudióloga Evânia Costa, existem diversos tipos de aparelho, de uso interno ou externo à orelha, compostos por microfone, amplificador de som e alto-falante, o que aumenta o som para chegar ao ouvido.

“Para o seu uso, é necessário ir ao otorrinolaringologista e fazer exames de audição, como audiograma e dentre outros, para saber qual o grau de surdez, que pode ser leve ou profunda, e escolher o dispositivo mais adequado”, explica.

Quando há indicação para uso do aparelho auditivo o médico encaminha o paciente para o fonoaudiólogo que irá fazer os exames necessários para determinar o tipo de aparelho, demonstrando características técnicas como uni ou bilateralidade, tipo de molde, ganho, saída máxima, etc., características estas que são individuais e também adaptar e acompanhar o aparelho auditivo para o usuário. O aparelho auditivo deve ser comprado de uma firma especializada, que você conheça.

“Nos adultos, a perda de audição adquirida acarreta implicações psicossociais que podem afetar sua vida tanto pessoal quanto profissionalmente. Portanto, a indicação do aparelho não só é feita com base no grau da perda, mas também no comprometimento da qualidade de vida”, explica a especialista.

Para ela, quando o problema atinge as crianças o cuidado deve ser redobrado.

“Nas crianças, o problema é mais sério. Não se pode permitir que mesmo com grau leve ou perda moderada, elas deixem de usar o aparelho de amplificação, uma vez que isso prejudicaria o desenvolvimento da fala e da linguagem”, ressalta.

Os aparelhos auditivos são indicados pelo otorrinolaringologista para casos de surdez por desgaste do sistema auditivo, ou quando há alguma situação ou doença que provoca dificuldade para a chegada de som no ouvido interno, como:

• Sequelas de otite crônica;

• Alteração das estruturas do ouvido, por um traumatismo ou por uma doença, como a otosclerose;

• Danificação das células do ouvido por excesso de ruídos, por trabalho ou ouvir música muito alta;

• Presbiacusia, em que acontece degeneração das células do ouvido devido ao envelhecimento;

• Tumor no ouvido.

Existem diferentes tipos e modelos de aparelho auditivo, que devem ser orientados pelo médico e fonoaudiólogo. Os principais são:

• Retroauricular, ou BTE: é o mais comum, usado encaixado na parte superior externa da orelha, e ligado ao ouvido por um fino tubo que conduz o som. Possui controles internos de programação, como regulação de volume, e compartimento de pilha;

• Intracanal, ou ITE: é de uso interno, sendo fixado dentro do canal auditivo, fabricado especificamente para a pessoa que vai usar, após realização de um molde do ouvido. Pode ter controle interno ou externo com botão de volume e programação para controle da função, e compartimento de pilha;

• Intracanal profundo, ou RITE: é o menor modelo, com tecnologia digital, de uso interno, pois se encaixa totalmente dentro do canal auditivo, sendo praticamente invisível quando colocado. Se adapta muito bem para pessoas com perda de audição leve a moderada.

A fonoaudióloga atende na Clínica Instituto Roraimense Otorrino (Centermed) localizada na Av. Juscelino Kubitschek, 940 – Aparecida. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3224-5016.