Com atividades suspensas desde o dia 18 do mês passado, por recomendação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a situação do Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima (Mafir), administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima), indica estar longe de uma solução definitiva.
Inicialmente, a previsão de retorno das atividades deveria ocorrer na segunda-feira da semana passada, 9, o que acabou não acontecendo. Sem poder continuar o abate de bovinos e suínos, todas as ações tiveram que ser transferidas para abatedouros do interior, como o Matadouro do Município do Cantá, na região centro-leste do Estado, e o de São Luiz do Anauá, na região sul do Estado.
À Folha, a Codesaima informou, em nota, que está finalizando o mandado de segurança para migração do Selo de Inspeção Federal (SIF) para o Selo de Inspeção Estadual (SIE), a fim de obter novamente a liberação do funcionamento do Mafir. “A previsão é que esta semana a peça seja impetrada na Justiça”, frisou a estatal.
Com capacidade para abater 300 bovinos por dia, o Mafir não chega a operar com um terço de sua capacidade. Além dos problemas relacionados ao atraso salarial, o matadouro é alvo de reclamações constantes sobre a sua infraestrutura. Somente entre 2015 e este ano, o local já foi interditado outras quatro vezes em razão dos mesmos problemas estruturais.
Para voltar a funcionar novamente, o Governo do Estado terá que cumprir 54 itens para a readequação do matadouro, sendo 40 deles relacionados à reforma e manutenção do prédio. A Folha questionou a Codesaima em relação aos problemas, mas não obteve qualquer tipo de resposta. (M.L)