Está previsto para este final de semana o pico máximo da chuva de meteoros Orionídeos, com previsão de até 25 meteoros por hora. A chuva de estrelas cadentes poderá ser visível a olho nu, nas madrugadas de 21 e 22 de outubro em Roraima.
O intervalo para ver os meteoros será entre a meia-noite e o amanhecer. O radiante desse fenômeno se encontra na constelação de Órion, conhecida pela figura imaginária do ‘Grande Caçador’, associada à mitologia grega. Outra característica que a torna conhecida é o Cinturão de Órion ou As Três Marias, um alinhamento em perspectiva composto por três estrelas localizadas no centro daquela constelação.
“Diferente de outras chuvas de meteoros, os Orionídeos possuem uma atividade constante. Sendo assim, as noites de 21 e 22 de outubro possuem atividade intensa semelhante e quem quiser assistir pode escolher qualquer um dos dias”, destacou Abreu Mubarac, do Clube de Astronomia e Ciência de Roraima.
Anualmente, o fenômeno de estrelas cadentes acontece quando a Terra cruza uma região do espaço repleta de fragmentos deixados pela passagem do cometa Swift-Tuttle, que visita o centro do Sistema Solar a cada 133 anos.
“Os meteoros visíveis são considerados rápidos e com longas trajetórias”, ressaltou Mubarac, do Clube de Astronomia em Roraima.
Segundo a meteorologia, a Lua não deverá interferir na observação da chuva de meteoros Orionídeos por estar em sua fase Crescente, com pequena fração iluminada, clareando a atmosfera no início da noite, fora do horário que é recomendado para a observação.
“A intensidade e a quantidade de meteoros também está associada a alguns fatores, como: o ângulo de incidência desses meteoros sobre a atmosfera terrestre; a concentração de fragmentos deixados pelo cometa de origem; e da influência da Lua durante a noite/madrugada de observação. Esse último ponto é de grande destaque para visualização do fenômeno, pois, a depender da fase lunar, o luar pode interferir, e muito, na quantidade possível de meteoros visíveis”, destacou o professor de Astronomia de Pernambuco, James Solon.
A Ciência explica que as chuvas de meteoros, geralmente estão associadas aos cometas, corpos celestes que deixam para trás suas trajetórias de detritos que acompanham a mesma órbita do cometa.
“A Terra, ao orbitar o Sol, pode cruzar essa faixa de detritos. Sendo assim, uma chuva de meteoros ocorre quando esses fragmentos se chocam com a atmosfera do nosso planeta”, ressaltou.
O Fenômeno poderá ser assistido ao vivo pelo Youtube, neste link, disponibilizado pelo Clube de Astronomia de Pernambuco. “O intuito principal é incentivar as pessoas para observarem o evento e obterem explicações à respeito por parte dos apresentadores”, finalizou Solon.
CLUBE DE ASTRONOMIA EM RORAIMA
“Primeiramente, a iniciativa se desenvolveu com os amigos que curtem a Ciência Espacial. Desde então, a gente tem se reunido uma vez por mês para observar as constelações, os planetas e estudar sobre os fenômenos recorrentes nas galáxias. Quem tiver interesse de participar, não é necessário ter um instrumento de observação, basta nos acompanhar nos encontros, verificando as datas na nossa página do Facebook. No próximo dia 28 estaremos no Parque Anauá com equipamentos para observação do céu”, destacou Abreu Mubarac.
CURIOSIDADE:
A chuva de meteoros Orionídeos é um evento astronômico anual que pode ser visível praticamente de todo o Planeta, exceto da Antártica devido à posição geográfica do continente gelado. Esse fenômeno também está associado ao Cometa Halley, designado 1P/Halley, que orbita periodicamente em sua órbita a cada 76 anos.
A última aparição do cometa foi no ano de 1986, e a próxima está prevista para o ano de 2061. Halley é o único cometa de curto período conhecido que é claramente visível a olho nu da Terra.