A primeira a depor no julgamento de Felipe Quadros, foi a mãe de uma das vítimas, a professora Nilra Jane, de 50 anos
Ela falou sobre a relação da sua filha, a fisioterapeuta Jannyele Filgueira, 28 anos, com a ex-mulher de Quadros, afirmando que ele acreditava que a família interferia em seus conflitos conjugais.
Segundo ela, Quadros após matar sua filha e o seu marido, tentou entrar na casa para também mata-la e a seus outros dois filhos, que se trancaram em um dos quartos da residência.
Disse que pela janela viu o corpo do marido no chão e se desesperou.
Contou que, um mês antes do crime Quadros ligou para a filha a ameaçando de morte e que chegou a dar tiros no portão da casa, atingindo o veículo da família.
Relatou ainda que o marido já tinha ido na Corregedoria prestar depoimento sobre o caso anterior.
“Procuramos ajuda da PM e eles diziam que Quadros era louco e que nos mantivessemos afastados, uma vez que tinhamos um audio dele dizendo que não adiantava ir na Corregedoria. Ficamos com medo mas o que podíamos fazer?”.
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CASO – No dia 9 de novembro de 2015, o policial militar Felipe Quadros executou pai e filha, as vítimas Eliézio Oliveira e Jannyele Filgueira, respectivamente, em frente à residência das vítimas, na Rua dos Hibiscos, no bairro Pricumã, zona Oeste. Na ocasião, o policial usava pistola e colete à prova de balas pertencentes à Polícia Militar. Toda a ação foi gravada por câmeras de segurança do próprio local.
Após a execução das duas primeiras vítimas, o policial militar foi até o bairro Caimbé, também na zona Oeste, e assassinou o empresário Ernane Rodrigues, que morreu em frente à própria casa, na Rua Ruth Pinheiro. O PM ainda disparou tiros contra o vizinho do empresário, que tentou intervir na execução da vítima.
Para o MPRR, os crimes foram premeditados, mediante emboscada e por motivo fútil. O policial Felipe Quadros não aceitava o fim do relacionamento com a ex-namorada, que mantinha relação de amizade com as vítimas. (L.G.C)