Polícia

Padaria no Santa Tereza é assaltada pela quinta vez este ano

A proprietária de uma panificadora localizada no bairro Santa Tereza, zona oeste de Boa Vista, acumula 13 Boletins de Ocorrência de assalto desde que começou o empreendimento. Somente este ano já ocorreram cinco assaltos e os dois últimos no intervalo de menos de um mês. Sem saber para quem pedir socorro, recorreu à imprensa para que a cúpula da segurança pública adote estratégias para coibir as ações criminosas às empresas.

O último assalto aconteceu no fim da tarde da segunda-feira, 23, quando dois adolescentes aparentando idades de 12 e 13 anos entraram armados e tomaram todo o dinheiro do caixa. Um deles, segundo a vítima, estava armado com uma submetralhadora dentro de uma mochila, enquanto o comparsa mostrava uma pistola que carregava na cintura. Depois do crime, os dois elementos fugiram numa bicicleta.

Após o susto as vítimas foram ao 3º Distrito Policial para fazer o registro do Boletim de Ocorrência, mas faltou papel para fazer a impressão. Ela pediu que a filha fosse buscar as folhas na casa da família, no entanto, quando a jovem retornou, os policiais já tinham providenciado o material. “Eu disse muita coisa, inclusive que iria chamar a imprensa. Eu falei do tanto de B.O que tem em meu nome e eles realmente concordaram, mas não tem investigação”, reclamou a empresária.

A denunciante revelou que não vai investir em câmeras de segurança ou qualquer outro aparato tecnológico porque não inibem as práticas dos criminosos. “Talvez chame a atenção e ele venha roubar a câmera também. As câmeras dos vizinhos flagraram o assalto do último dia 29 de setembro, quando os homens saíram de um carro modelo Fiat/Uno, na esquina, entraram na padaria, assaltaram e depois saíram caminhando, despreocupados. Entraram de novo no carro e fugiram”, contou.

Apesar das imagens do assalto do dia 29 de setembro terem sido entregues à Polícia, o caso não teve solução. “Eu registro o Boletim, fico aguardando e eles nunca aparecem. Somente agora, depois de muita insistência eles vieram e fizeram algumas perguntas e parece que iniciaram uma investigação”, acrescentou.

A vítima também explicou que vai procurar o Comando da Polícia Militar para relatar os fatos e pedir apoio para que a área seja policiada. “Se ninguém tomar uma providência eu não sei como vou continuar. Nós não temos celular e nem joias porque já estávamos habituados a passar por essa situação”, reforçou.

A Polícia Civil iniciou uma investigação a fim de localizar os suspeitos do assalto, mas até o fim da tarde de ontem, nenhum deles tinha sido preso.

MUDANÇAS – Com o intuito de fugir da criminalidade, a mulher mudou a empresa de endereço três vezes. “Eu comecei no bairro Aparecida, onde fui assaltada quatro vezes, em seguida migrei para o Senador Hélio Campos, onde fui assaltada mais quatro vezes, e agora estou aqui no Santa Tereza e não tem dois anos que viemos para cá e já fomos assaltados cinco vezes. Esses papéis em cima da mesa são só B.Os”, enfatizou. (J.B)