Cotidiano

Moradores passam por transtornos devido a terreno baldio do governo

Área às margens do trecho urbano da BR-174 está tomada pelo mato e lixo, propiciando a proliferação de insetos e abrigando bandidos

Moradores próximo de um terreno do Governo do Estado, que servirá para um programa habitacional, situado às margens da Avenida João de Alencar, trecho urbano da BR-174, no bairro Cauamé, zona norte da Capital, reclamam que estão enfrentando transtornos, que vão de acúmulo de sujeira à incidência de praga de insetos. A área tomada por matagal fica próxima a um supermercado e há anos não é limpo. 

Conforme a denúncia de um leitor, o terreno está infestado de caramujos que estão invadindo as residências próximas, além de outros tipos de pragas, como o carrapato. “No verão se torna uma área propícia ao fogo, coisa que já tem acontecido”, relatou ao frisar que a sensação de insegurança também é constante, já que assaltantes utilizam o terreno para se esconder.

“Causa prejuízo à saúde pública e até mesmo à segurança. Tem vez que os marginais pulam os muros das casas oriundos daquele matagal. Teve uma noite que acordei com a polícia em cima do muro cercando um marginal que fugia”, comentou.

O terreno não possui nenhum tipo de cerca que impeça a entrada de desconhecidos. O local ainda está tomado por muito lixo, ambiente ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças com dengue, chikungunya e zika vírus.

“Sou moradora do bairro há mais de 20 anos e esse terreno sempre foi um problema. A última vez que foi limpo ocorreu quando algumas pessoas tentaram invadir para construir casas. Depois disso, nunca mais ninguém fez nada. Já perdi até as contas de quantas pessoas que moram comigo já pegaram dengue”, disse a aposentada Tereza Ribeiro, 71 anos.

Para ela, a pior época é quando chega o verão, quando as ocorrências de incêndios no local são mais comuns. “Por sorte, construímos um muro, no entanto, isso não impede que a qualquer hora uma labareda entre em uma casa”, frisou.

PREFEITURA – À Folha, a Secretaria Municipal de Economia, Planejamento e Finanças (SEPF) explicou, em nota, que quando identificado um terreno, se ele pertencer ao município, é solicitada a limpeza do espaço à Secretaria Municipal de Serviços Públicos. “Caso o terreno seja de outro órgão, como, por exemplo, do Governo do Estado, além da notificação, é enviado ofício solicitando providências”, complementou.

Em relação ao terreno citado na matéria, a pasta reforçou que enviará uma equipe da fiscalização até o local citado para verificar e tomar as medidas cabíveis.

GOVERNO – Em nota, a Secretaria Extraordinária do Gabinete Institucional (Segi) informou que o terreno será destinado à construção do conjunto habitacional para servidores públicos por meio do Programa Bem-Morar Servidor, que está em andamento.

Ressaltou que, antes do início das obras, a empresa responsável pela construção dos prédios vai isolar o local, fazer a limpeza e as adequações necessárias. Não foi informado quando isso deverá ocorrer. (M.L)