O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela IDF em conjunto com a OMS (Organização Mundial da Saúde), em resposta às preocupações sobre os crescentes números de diagnósticos no mundo.
A data tornou-se oficial pela ONU (Organização das Nações Unidas) a partir de 2007, com a aprovação da Resolução das Nações Unidas 61/225. O dia 14 de novembro foi escolhido por marcar o aniversário de Frederick Banting que, junto com Charles Best, concebeu a ideia que levou à descoberta da insulina em 1921.
Para este ano, o tema escolhido para a campanha do Dia Mundial do Diabetes, comemorado nesta terça-feira (14), foi “Mulheres e Diabetes: nosso direito a um futuro saudável”. Entre os objetivos, a campanha quer incentivar os governos a implementar e fortalecer políticas para a prevenção e controle do diabetes e suas complicações.
De acordo com o médico Cesar Ferreira, especialista em Endocrinologia e Metabologia, a proposta da campanha é disseminar ferramentas para apoiar as iniciativas nacionais e locais para a prevenção e controle do diabetes e suas complicações.
“Entre os objetivos estão o de destacar a importância da educação baseada em evidências na prevenção e controle do diabetes e suas complicações, além de aumentar a conscientização dos sinais de alerta do diabetes, promovendo ações para incentivar o diagnóstico, reduzir os principais fatores de risco e prevenir ou retardar as complicações do diabetes”.
No Brasil, a Campanha do Dia Mundial do Diabetes é organizada pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), sendo liderada pelo Dr. Márcio Krakauer.
“Diabetes é uma doença que atinge 16 milhões de brasileiros. Só na última década, o aumento foi de mais de 60%. Em cada duas pessoas que tem diabetes, um não sabe que tem a doença”, reforça o especialista.
Segundo o Ministério da Saúde, o Rio de Janeiro é a capital brasileira com a maior prevalência de diagnóstico médico de diabetes, com 10,4 casos para cada 100 habitantes. Em seguida, estão Natal e Belo Horizonte (ambos com 10,1), São Paulo (10), Vitória (9,7), Recife e Curitiba (ambos com 9,6).
Boa Vista
“Já Boa Vista é a capital brasileira com a menor prevalência de diagnóstico da doença, com 5,3 casos para cada 100 habitantes. Nas pessoas com idade entre 18 e 24 anos, por exemplo, o índice é de 0,9%. Já entre brasileiros de 35 a 44 anos, o índice é de 5,2% e, entre os com idade de 55 a 64 anos, o número chega a 19,6%. O maior registro, entretanto, é na população com 65 anos ou mais, que apresenta índice de 27,2%. Já em relação à escolaridade, os que têm até oito anos de estudo apresentam índice de diagnóstico de diabetes de 16,5%. O percentual cai para 5,9% entre os brasileiros com nove a 11 anos de estudo e para 4,6% entre os que têm 12 ou mais anos de estudo”, finaliza o especialista.
O Ministério da Saúde destacou os seguintes pontos:
A obesidade aumenta com o avanço da idade. Mas, mesmo entre os mais jovens, de 25 a 44 anos, atinge indicador alto: 17%.
O levantamento revela que, no Brasil, o indicador de diabetes aumenta com a idade e é quase três vezes maior entre os que têm menor escolaridade.
Em 2009, 30,3% da população fazia exercícios por pelo menos 150 minutos por semana, já em 2016 a prevalência foi de 37,6%.
O diagnóstico médico de diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016 e o de hipertensão de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016.
Engraçado que o Brasileiro está se exercitando mais, tomando menos refrigerante e mesmo assim está ficando mais obeso e diabético.
A Organização Mundial de Saúde publicou, em 2016, um relatório dizendo que, no Brasil, temos mais de 16 milhões de brasileiros adultos (8,9%) diabéticos e que a doença mata mais de 100 mil pessoas por ano.
O relatório da OMS concluiu que 422 milhões de adultos em todo o mundo viviam com diabetes em 2014, quatro vezes mais do que em 1980. No mesmo período, informa o documento, a prevalência da diabetes quase duplicou de 4,7% para 8,5% da população adulta, o que reflete um aumento dos fatores de risco associados, como o excesso de peso, a obesidade e a inatividade física.
No Brasil, a prevalência do diabetes é de 8,9%, ligeiramente acima da média mundial, e é maior nas mulheres (9,9%) do que nos homens (7,8%).
O excesso de peso afeta 54,2% dos brasileiros, a obesidade 20,1% e a inatividade física 27,2. A diabetes provoca a morte de 72.200 brasileiros com mais de 30 anos e representa 6% de todas as mortes. O excesso de glicose no sangue é responsável por mais 106.600 mortes por ano no Brasil.