Com a chegada de dezembro, o comércio roraimense começa a se preparar para receber os consumidores que vão às compras de presentes de Natal e, como é tradição, muitos estabelecimentos iniciaram a temporada de contratação de empregados temporários.
Apesar da recuperação da economia, tanto a nível nacional quanto em termos locais, muitos gerentes comerciais ouvidos pela Folha admitem a possibilidade de abrir menos vagas para temporários este ano.
Gerente de uma loja de roupas do Centro da capital, Jucilene Gomes contou que, mesmo estando otimista para as vendas do período natalino, a empresa está cautelosa para contratar, visto o desempenho fraco do comércio durante todo o ano. “Em termos de desempenho, o ano de 2017 foi muito parado, mas apesar disso a gente acredita que vai dar para superar esse retrospecto fraco agora em dezembro. Até porque, querendo ou não, você tem que se preparar para essa data, só que não será igual ao ano passado, quando houve muito mais temporários”, comentou.
Segundo Jucilene, em 2016, a empresa contratou aproximadamente 20 funcionários, sendo quase 90% deles destinados para o setor de vendas. Para este ano, a expectativa é chamar menos que a metade disso. “No ano passado nós chamados 20 temporários, sendo a maior parcela deles para reforçar nosso atendimento. Hoje a nossa expectativa é chamar em torno de cinco a seis pessoas, justamente por conta desse baixo desempenho do comércio este ano”, disse.
Outras empresas estão apostando na capacitação do quadro de funcionários fixos como uma forma de garantir eficiência de vendas aos consumidores. Esse é o caso de um armarinho também do Centro de Boa Vista.
Segundo Sara Lana, essa foi a maneira mais prática encontrada pela empresa para não desapontar seus clientes. “Ano passado, a gente até abriu vaga para funcionários temporários, mas devido ao baixo desempenho do comércio a gente optou por preparar os funcionários que temos. Acreditamos que assim os clientes não se sentirão deslocados, já que muitos deles são consumidores fiéis”, ressaltou.
AUTÔNOMOS – As festividades de final de ano também são aguardadas com ansiedade pelos trabalhadores autônomos, principalmente pelos que atuam na produção de guloseimas. “Diferente de outros setores, o de alimentação não sente tanto os reflexos da crise, até porque a demanda por esse tipo de serviço é bastante variada. Apesar disso, o final de ano é sempre bem mais agitado, devido à temporada de confraternizações que pessoas e empresas realizam”, contou a produtora autônoma Edna Maciel.
Natural da cidade de Belém, no Pará, ela conta que já desenvolvia o ofício antes de vir para Roraima, há quase 10 anos. “Como o meu marido é militar, ele foi transferido para cá. Inicialmente tive um pouco de dificuldades, já que tinha clientela estabelecida por lá, mas foi divulgando de boca em boca com os colegas do meu marido que eu consegui tornar meu trabalho mais conhecido”, comentou.
Além de salgados, a confeiteira produz sobremesas para eventos em geral. Os pedidos não são muitos, mas ela garante que dá para conseguir um bom dinheiro e complementar a renda do lar. “Já tinha feito alguns cursos em Belém e, quando vim para Roraima, fiz mais dois treinamentos pelo Senac, para melhorar meus conhecimentos. Como ainda estou trabalhando na constituição da empresa, os pedidos não são muitos, mas o que eu consigo dá para cobrir alguns gastos no orçamento de casa”, salientou.
Quem tiver interesse em saber mais sobre os doces e salgados produzidos por dona Edna, pode entrar em contato pelo número (95) 99130-8133. As encomendas podem ser retiradas pessoalmente ou por disque entrega. (M.L)