Cotidiano

Servidores estaduais cobram do Governo envio de PCCR à ALE

Funcionários cobram o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração da Aderr, Femarh, Iacti e Iteraima

Cerca de 300 funcionários estaduais se reuniram na Praça do Centro Cívico na manhã de ontem, 7, para cobrar do Governo do Estado o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (Aderr), Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação (Iacti) e Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima).

Segundo o presidente do Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Estado de Roraima (Sintag), Claudionei Simon, os servidores viram a necessidade de se manifestar após saber que o projeto não foi enviado à Assembleia Legislativa de Roraima pela falta de garantias de Orçamento para 2018. Por volta das 9h30, os servidores se dirigiram ao plenário da Casa Legislativa, com o objetivo de sensibilizar os deputados para que levem em conta o PCCR no orçamento.

O presidente do Sintag pontuou que os cerca de 600 funcionários estaduais que serão afetados representam os pilares de desenvolvimento do Estado, principalmente do setor primário, alinhado ao homem do campo. Conforme Simon, o primeiro contato do produtor rural acontece junto aos órgãos de assistência, fiscalização, regularização fundiária e de licenças ambientais, que esperam pelo PCCR.

Outro ponto detalhado no projeto foi direcionado aos órgãos que realizam atividades de fiscalização. Os servidores pediram uma gratificação pela atividade por entender que, comparado a planos que têm adicional de produtividade, essa não é uma questão adaptada à realidade local. “No caso, seria uma particularidade dos órgãos, o adicional de fiscalização, sendo este trocado pelo adicional de produtividade”, disse.

Após conversa com alguns parlamentares, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima), Francisco Figueira, declarou que os deputados se mostraram sensíveis em relação ao encaminhamento do PCCR. “O presidente da Casa [deputado Jalser Renier] informou que se o projeto for encaminhado, eles não terão nenhuma objeção. Agora o Governo tem que fazer a parte dele e enviar. Vamos nos mobilizar para que isso aconteça”, destacou.

MANIFESTAÇÕES – Os servidores estaduais já haviam realizado manifestações para cobrar o PCCR. A primeira foi realizada no dia 28 de outubro, durante a festa de comemoração do Dia do Servidor Público, realizada no Parque Anauá. No dia 31 do mesmo mês, eles se reuniram em frente à Assembleia. No dia 15 de novembro, cerca de 200 servidores se mobilizaram em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, na Praça do Centro Cívico. Além do PCCR, eles cobraram o pagamento do reajuste salarial da data-base de 2016 e 2017.

OUTRO LADO – A Folha entrou em contato com o Governo do Estado para se pronunciar sobre o envio do projeto, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta. (A.G.G)