A empresa que fornece nutrição parenteral a pacientes do Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN) suspendeu o serviço por problemas no contrato. A suspensão foi informada à Secretaria Estadual de Saúde pela coordenação de Farmácia da unidade de saúde por meio de um memorando ao qual a Folha teve acesso.
O documento, datado de 13 de dezembro, cita que a situação da empresa já teria sido informada à Sesau e pedia providências “na intenção de evitar maiores transtornos e quaisquer prejuízos aos pacientes”.
A nutrição parenteral é administrada em pacientes por via endovenosa, ou seja, direto na corrente sanguínea, e tem como finalidade complementar ou substituir a alimentação via oral ou enteral, quando o paciente não consegue ou não pode se alimentar totalmente pela boca. Este tipo de nutrição pode envolver nutrientes como glicose e proteínas, água, eletrólitos, sais minerais e vitaminas.
Normalmente, a nutrição parenteral é utilizada em casos de recém-nascidos prematuros, pacientes que passaram por cirurgias gastrointestinais de grande porte, insuficiência hepática, insuficiência renal aguda, pancreatite aguda, indivíduos com a síndrome do intestino curto e traumas, que geralmente resultam em estados hipermetabólicos. Além disso, a nutrição parenteral pode ser utilizada em casos de terapia de apoio de forma complementar.
OUTRO LADO – A equipe de reportagem da Folha entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) para esclarecer a situação e foi informada que, conforme informação repassada pela unidade de saúde e pela empresa em questão, a alimentação parenteral não foi suspensa na maternidade, apesar de o documento oficial com data de 13 de dezembro de 2017 ter informado o contrário.
Em contrapartida, no que diz respeito os problemas contratuais citados no documento, a Sesau informou que entrou em contato com os representantes da empresa e afirmou que o processo está em fase de regularização. (A.G.G)