Conforme determina a Lei Trabalhista, a segunda parcela do 13º salário deve ser paga até o dia 20 de dezembro. De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o bônus salarial deve injetar na economia brasileira mais de R$ 200 bilhões.
Como em todos os anos, o trabalhador espera ansioso pelo abono salarial. Por outro lado, o comércio se prepara para as vendas de fim de ano com ofertas atrativas, mas que podem ocasionar transtornos ao consumidor no futuro, por isso, é ideal o planejamento, orienta o economista Dorcilio Erik.
Para ele, o planejamento é fundamental para ter o controle de gastos e estar com as contas em dia. “Primeiro, anotar todos os gastos ou fazer uma planilha para computar, analisar e reduzir o consumo do que for desnecessário a fim de elaborar um orçamento de identificação de todas as despesas”, salientou o economista Dorcilio Erik.
A falta de planejamento e disciplina pode trazer transtornos, como o endividamento e comprometimento da renda familiar. “Para as pessoas não disciplinadas que chegam ao final do ano com sua renda comprometida, o ideal é que peguem esse dinheiro e paguem suas dívidas”, apontou.
O QUE FAZER – Disciplina é essencial para ter o controle das finanças. “Aquelas pessoas que foram disciplinadas financeiramente e com receita cobrindo suas despesas podem se permitir e utilizar parte desse dinheiro para custear as festas típicas do final do ano, outra para as despesas do início do ano como IPTU, IPVA, matrícula e material escolar, além de guardar uma pequena quantia para declaração do imposto de renda”, comentou.
Para as compras de fim de ano é necessário cuidado, pois elas podem comprometer mais a renda familiar. “O parcelamento de compras em até 12 vezes ou mais é uma forma de o consumidor adquirir um produto que possa caber em seu orçamento”, afirmou. No entanto, qualquer produto comprado com maiores facilidades pode ocasionar em maiores taxas de juros. “Quanto maior o número de parcelas, mais alto será a taxa de juros, que são cobrados por conta do incidente sobre as operações. Geralmente, em compras a prazo, o lojista não dá desconto devido o percentual da venda que vai para a operadora de crédito”, completou.
Comprar à vista é sempre a melhor alternativa, segundo o economista. “A preferência tanto para o lojista ou cliente é a compra no dinheiro. Para o lojista, facilita o pagamento dos seus fornecedores e funcionários. Para o consumidor, o pagamento à vista confere o poder de barganhar o preço”, finalizou. (E.M)