Bom dia,
RESTABELECENDO
O assessor especial da Assembleia Legislativa, o ex-deputado Jânio Xingu, afirmou durante entrevista na Rádio Folha, que a Venezuela está restabelecendo sua economia. Ele, que esteve recentemente por duas vezes em Caracas e Valencia, disse que o país já está produzindo alumínio, telha e até começando a exportar petróleo, e que embora tudo esteja dolarizado por lá, visivelmente tem se recuperado. Xingu não disse, mas tudo indica que o Nicolás Maduro está seguindo o pragmatismo dos chineses que se renderam a eficiência da economia de mercado, desde que sejam mantidas as rédeas políticas pela ditadura.
INTERVENÇÃO
Xingu também informou que, pelo menos, três comissões com técnicos do governo federal brasileiro – uma de Ciências e Tecnologia, outra do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e ainda uma sobre Agricultura-, estão se encaminhando para a capital venezuelana, Caracas, para tratar de ações do restabelecimento das parcerias comerciais e econômicas entre os dois países. Também o presidente da APEX, Jorge Viana (PT) vai estar na capital venezuelana.
VONTADE
Jânio Xingu reafirmou o que já havíamos comentado cá na Coluna, que apenas a vontade política do governo Lula poderá preservar parte do mercado comercial com a Venezuela para empresários locais. Ele comentou que o país vizinho reativou, sim, todos seus portos para importação e vem comprando de outros estados brasileiros, mencionando alguns dos produtos que voltaram a comprar de São Paulo, do Pará e do Paraná.
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AGENDA
Para tentar garantir essa inclusão de Roraima na agenda de relações exteriores Brasil Venezuela, Xingu disse que essa semana, representando a Assembleia Legislativa de Roraima, manterá reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro da Indústria e Comércio, por meio do senador Chico Rodrigues (PSB), para levar informações da realidade local na fronteira e tentar uma negociação.
AGENDA 2
O deputado Marco Jorge (Republicanos), também em entrevista ao programa Agenda da Semana da Rádio Folha FM 100.3 desse domingo, informou que pelo menos quatro deputados estaduais devem se reunir nesta segunda-feira, 19, com o ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, para discutir o cenário de reaproximação econômica e comercial com a Venezuela e garantir que Roraima não “fique de fora” desse processo.
AÇÃO
Marco Jorge deu ainda uma informação quentinha sobre o andamento da ação cível originária ajuizada pelo governo do estado, pedindo o ressarcimento pela União de gastos com a prestação de serviços públicos aos imigrantes venezuelanos. Conforme ele, mesmo após o processo ter sido considerado transitado em julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a AGU (Advocacia Geral da União) remeteu a ação para checagem de dados pelo Tribunal de Contas da União. Ou seja, empurrar o ressarcimento para frente, sabe lá quando.
STF
Aliás, esperar que o Supremo Tribunal Federal (STF) tome qualquer decisão que afete negativamente o governo de Lula da Silva (PT) é quimera. Semana passada, depois de décadas tramitando por lá, os ministros decidiram julgar uma questão relativa ao pagamento de PIS/Confins pelos bancos e derem provimento ao desejo da Receita Federal. A decisão vai gerar uma receita extra de nada mais nada menos de R$ 112 bilhões para o governo de Lula da Silva gastar livremente. É grana pra Dedéu, como diria o mestre Afonso Rodrigues.
APURAÇÃO
Enquanto isso, o deputado federal Alfredo Gaspar, do União Brasil do Alagoas, apresentou requerimentos para que a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, pedindo a apuração das causas da imigração desenfreada em Roraima. Motivado pelas reportagens nacionais que apontam um aumento ainda mais expressivo no fluxo de entrada de imigrantes pela fronteira, ele também pediu uma audiência pública.
SAÚDE
Segundo a imprensa nacional, o nome do senador Hiran Gonçalves seria um dos cotados pela cúpula do PP para assumir o Ministério da Saúde, em caso de uma eventual reforma ministerial. As especulações surgiram depois de conversas entre o presidente Lula e o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (AL), para ajustar o entendimento entre Congresso e Executivo, ou seja, mais espaço para siglas aliadas.