A Prefeitura de Boa Vista aposta na economia criativa quando o assunto é o maior arraial da Amazônia. O Boa Vista Junina será realizado entre os dias 20 e 25 deste mês, na praça Fábio Marques Paracat, na avenida Ene Garcez, levando a tradição cultural quadrilheira aos holofotes do principal evento público do município. A expectativa é de que 100 mil pessoas passem por lá durante os seis dias de festa; e de um retorno econômico de cerca de R$ 28 milhões que vão circular dentro da nossa cidade.
Este movimento é um entrelace de uma cadeia produtiva que envolve os mais diversos setores da economia, beneficiando dessa forma o maior número de trabalhadores e cidadãos de Boa Vista. Nas esferas artística, cultural, gastronômica, de moda, trade turístico, e na abertura de oportunidades até para o menor dos empreendedores, o evento chega a sua 23ª edição consagrado no calendário municipal como sendo o de maior impacto financeiro para os trabalhadores boa-vistenses.
Um giro econômico substancial, que movimenta inicialmente os 28 grupos juninos que se apresentarão no arraial, antes mesmo da festa começar. As quadrilhas possuem convênio com o município, e receberam este ano
R$ 956.800,00 para que, desde bem antes da festa, essa economia criativa aconteça. São centenas de profissionais diretamente ligados aos grupos de dança, que iniciam sua preparação muito antes da semana do evento.
Costureiras, artistas plásticos, artesãos, profissionais da beleza… são alguns dos trabalhadores diretamente beneficiados com a demanda de uma superprodução.
Indiretamente, essa cadeia é muito mais ampla do que a vista em primeiro plano: envolve empresas de ônibus, companhias aéreas, táxis, hotéis, agências de viagem, pousadas, bares, restaurantes, até chegar ao próprio comércio, que também embarca no ritmo de faturamento junino. O planejamento do município prevê todas as ramificações de oportunidades geradas pelo evento.
Mais de 170 famílias de pequenos empreendedores também terão a oportunidade de trabalhar e faturar com o evento – pessoas físicas e jurídicas que poderão comercializar seus produtos nas áreas montadas dentro da grande festa.
As apresentações musicais são mais um exemplo de enfoque no retorno financeiro e cultural. Vinte e nove artistas locais irão se apresentar remuneradamente no evento, a maior parte deles, pela primeira vez. É uma maneira de ampliar os benefícios para que esses cachês permaneçam dentro do planejamento cíclico da nossa economia. É também a oportunidade de valorizar os nossos talentos, ao mesmo tempo em que se incentiva a arte e a cultura da nossa terra.
Quem vende roupa, cabelereiros, maquiadores, decoradores, quem trabalha com estruturas de palco, som e iluminação – gerando emprego; quem prepara a maior paçoca do mundo, quem produz a farinha que vai nessa iguaria, todos integram orquestradamente com maestria esse projeto intencional de valorização do boa-vistense. Aliás, além de quebrar seu próprio recorde, a maior paçoca do mundo também é patrimônio cultural e imaterial de Boa Vista.
Para conseguir receber mais visitantes com segurança e conforto, este ano a estrutura será maior: contará com mais espaço e condições de circulação de pessoas. Haverá uma arena de apresentações das quadrilhas no centro da festa, com visualização de todos os ângulos do espetáculo. Decoração especial, espaços para fotos, para dança, para as refeições, de saúde, de primeira-infância e mais. Tudo para aproveitar cada minuto de uma festa planejada com carinho e cuidado para seus visitantes.
Para muito além do retorno ao bolso de quem trabalha, compra ou vende, a prefeitura quer garantir que a organização, a diversão, a segurança e a valorização artístico-cultural, sejam o símbolo de mais esta edição. Unindo o útil ao necessário, a tradição e o progresso da nossa gente, você é o convidado principal dessa festa. Sem você ela não existe.
Pode separar a roupa quadriculada, vamos juntos apreciar mais um grande espetáculo do povo para o povo. Este, acontece dentro e fora do tablado.
