Após passar por audiência de custódia, César Carvalho Ormundo teve a prisão preventiva decretada, nesta terça-feira, 20.
César estava foragido desde março deste ano, após a decretação da prisão preventiva requerida pela Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri. Ele é acusado de matar João Lucas Duarte Marques, de 11 anos, em uma ocorrência de trânsito, em fevereiro de 2020.
O pedido da prisão foi feito pelo Ministério Público (MPRR) no último dia 24 de fevereiro, devido à falta de cumprimento, por parte do acusado, das medidas cautelares impostas pelo Tribunal de Justiça do Estado de Roraima (TJRR), em dezembro de 2021, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que concedeu, pela segunda vez, a liberdade ao acusado. Ormundo já havia sido preso preventivamente a pedido do MPRR, em agosto de 2021 por violação das cautelares.
De acordo com a representação, o réu alegava falhas no sistema de monitoração ou problemas de saúde que demandavam a concessão da liberdade, quando na verdade, estava em bares e restaurantes e, ainda, consumia bebidas alcoólicas.
Na ocasião do acidente que vitimou a criança de 11 anos, em 2020, César estava em alta velocidade e apresentava embriaguez e, por isso, foi denunciado pelo MPRR, logo após os fatos, pelo homicídio qualificado de João Lucas e tentativa de homicídio qualificado das três vítimas sobreviventes do acidente automobilístico.
O Promotor de Justiça, Diego Oquendo, afirma que a fuga de Ormundo é um indicativo de que ele não tem condições de responder pelo crime em liberdade.
“A homologação do cumprimento do mandado prisional representa o restabelecimento da ordem e da justiça, pois, como apontado pelo Ministério Público no pedido de prisão, o acusado descumpria de forma reiterada e sistemática as medidas cautelares que haviam sido impostas, demonstrando total descaso com as instituições públicas e com a família da vítima. Após tanto tempo foragido, a sua captura também é uma forma de assegurar o respeito e a dignidade aos entes queridos da criança João Lucas, que até hoje sofrem a sua perda”, concluiu o Promotor de Justiça.
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