Um auxiliar de serviços gerais reclamou que a Unidade Mista Irmã Camila, em Iracema, região Sul de Roraima, está há dois anos sem médico em feriados e fins de semana. Com isso, os moradores precisam se deslocar 40 quilômetros para buscar atendimento no Hospital José Guedes Catão, na cidade vizinha de Mucajaí.
Ao relatar a situação sob condição de anonimato, o morador lembrou da vez em que a esposa precisou de um atendimento urgente por conta de uma crise de gastrite nervosa. “Nesse dia, precisamos voltar ao hospital três vezes, mas os enfermeiros não podem fazer nada, porque não são médicos. Eles fazem o possível para ajudar”, afirmou.
Foi então que o auxiliar de serviços gerais, que não tem transporte próprio, precisou se “humilhar” ao pedir ajuda a um conhecido.
“É muito humilhante essa situação, porque pagamos impostos absurdos pra ter pelo menos um atendimento médico, um hospital que podemos usar, mas infelizmente não é isso que acontece”, lamentou.
Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) disse que já está tomando providências sobre o caso. Explicou que, em razão do déficit de profissionais registrado não só em Roraima, mas também nos demais estados do País, tem adotado uma série de medidas para garantir a contratação de novos médicos, como a renovação de seletivos e a abertura de credenciamento de profissionais.