A cirurgia de catarata do idoso está entre as cirurgias mais realizadas no mundo por um simples motivo: catarata senil não é uma doença, mas o envelhecimento normal do cristalino (lente natural dos nossos olhos) que ocorre principalmente a partir dos 50 anos de idade.
Seus sintomas são as cores que vão perdendo a vivacidade e se tornando opacas, incômodo com luzes muito forte e até halos em volta dessas luzes, mas de acordo com o oftalmologista Rômulo Ferreira, não é necessário ficar apreensivo, já que com o avanço da medicina e o consequente envelhecimento populacional este diagnóstico está cada vez mais frequente.
“Muitos pacientes estão realizando a cirurgia cada vez mais precocemente e algumas dúvidas se tornam constantes em nossas clínicas e consultórios. Uma das principais é sobre as lentes que são colocadas dentro do olho operado (lentes intraoculares), no local onde antes ficava o cristalino”, explicou.
A evolução na tecnologia das lentes intraoculares é notável. Se em boa parte do século passado os pacientes eram deixados afácicos (sem lente intraocular), havendo a necessidade praticamente certa de óculos com lentes grossas e pesadas após o procedimento, atualmente, com os diferentes tipos de lentes intraoculares, existe a possibilidade de se eliminar totalmente o uso dos óculos após a cirurgia, mesmo em pacientes que sempre os utilizaram para longe e/ou perto.
Existem centenas de tipos, marcas e variações de lentes intraoculares. Para melhor compreensão dos pacientes podemos resumi-las quanto à origem, material e tipo de correção, tipos de graus e se são capazes de corrigir.
“Quanto à origem, as lentes podem ser nacionais ou importadas. Quanto ao tipo de material, podem ser dobráveis, nas quais a incisão feita no olho é menor e normalmente não é necessário dar pontos ao final da cirurgia ou rígidas para incisões maiores, com necessidade de pontos”.
O tipo de correção visual desejada pode ser basicamente de dois tipos:
Monofocais: que podem ser esféricas ou asféricas e corrigem a visão apenas para longe ou para perto.
Multifocais: que podem ser bifocais, trifocais ou de foco estendido e corrigem a visão para longe e perto. Além disso, tanto as monofocais quanto as multifocais podem ser tóricas ou não (capazes de corrigir astigmatismo corneano pré-existente, dependendo do exame de topografia de córnea de cada paciente).
Mas qualquer paciente pode colocar qualquer tipo de lente? A resposta é não. Muitas vezes a lente de maior custo (atualmente uma trifocal tórica, por exemplo) pode ser inadequada para um certo paciente, dependendo de condições oculares e até mesmo ocupacionais pré-existentes.
“Enquanto isso, uma lente de custo muito menor, uma monofocal esférica nacional, por exemplo, pode ter um resultado muito superior para este mesmo paciente”, explica o especialista.
Como saber qual o melhor tipo de lente para o seu caso? Consultando um médico oftalmologista especialista e com formação adequada para reconhecer cada tipo de caso e lhe aconselhar. “Somente ele tem o conhecimento para indicar o melhor tipo de lente para cada tipo de paciente e situação. A Oculistas Associados de Roraima possui em seu quadro clínico médicos oftalmologistas especialistas, mestres e doutores que podem orientá-lo quanto ao diagnóstico da catarata, necessidade de cirurgia ou não e escolha do melhor tipo de lente intraocular, tornando esse procedimento “inevitável” na vida de todos (principalmente dos mais idosos), mais seguro e alinhado com as expectativas de cada paciente”, finalizou.