Parabólica 29/06/2023

Bom dia,

Opa! Mais um feriadão. Hoje é feriado em Boa Vista, em comemoração ao Dia de São Pedro, que não patrono da cidade, cuja categoria de pescadores, por mais respeitáveis que sejam não tem importância econômica para o município. E como amanhã é sexta-feira, o governador do estado, Antônio Denárium (PP), sem perder tempo decretou ponto facultativo, o que gera mais um feriadão, o segundo do mês de junho. Como se diria: quem precisa trabalhar é chinês, que tem de produzir para vender para nós e comprar tudo aquilo que não temos competência para manter no país.

Como hoje é feriado, mas empresas precisam faturar para pagar seus compromissos com fornecedores, salários de empregados, e até os impostos que financiam o “descanso” dos servidores públicos, muitos estabelecimentos permanecerão abertos neste feriado de São Pedro, sejam eles – os proprietários-, católicos ou não. E para permanecer com suas empresas abertas, seus proprietários são obrigados a pagar diárias extras, como manda a lei. Assim, funciona este país governado por populistas, sejam de direita e esquerda. Eles parecem se igualar nesse aspecto.

PAUTA 1

Um verdadeiro alvoroço foi causado no meio político, ontem pela manhã, com a notícia da inclusão em pauta do voto-vista do juiz eleitoral Ataliba Moreira, no julgamento da representação contra o governador Antonio Denarium (PP). A vista foi concedida na última segunda-feira, 26, e ele teria até 20 dias de prazo para levar seu voto, mas ainda na noite da terça-feira havia comentários sobre a antecipação da apreciação.

PAUTA 2

Com a divulgação da continuação do julgamento, toda a imprensa se mobilizou para a sessão, que chegou a ser confirmada por servidores da Justiça Eleitoral, mas por volta das 15h15, a assessoria de comunicação do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) enviou link com o calendário de sessões e o aviso de retirada de pauta da referida representação. A expectativa agora é para a sessão da próxima segunda-feira, dia 3.

RETAGUARDA 1

A secretária de Saúde, Cecília Lorezon, contratou por R$ 12.240.000,00 o Hospital da Mulher, unidade de saúde situada no bairro São Pedro, para prestação de serviços hospitalares de leitos de enfermagem, e clínicas de retaguarda. Na prática, pacientes que dão entrada pelo Hospital Geral de Roraima (HGR), ou pelo Pronto Atendimento Cosme e Silva poderão ficar internados nesse hospital particular.

RETAGUARDA 2

A questão, conforme apurou a Parabólica junto a um especialista na área, é que a contratação dos leitos, sem protocolos clínicos, não adianta de muita coisa, e não é uma estratégia considerada inteligente para desafogar o sistema de saúde. Cada leito hospitalar custa em torno de R$ 600 por dia de internação, sendo que o SUS (Sistema Único de Saúde) entra com 50% do valor e o restante é contrapartida do estado. O Hospital da Mulher não é o único particular contratado pela Secretaria Estadual de saúde (Sesau).

IRACEMA

A Prefeitura de Iracema vai promover uma mega festa em comemoração ao aniversário do município, no próximo dia 4 de novembro, e já deu início aos preparativos, com as contratações dos cantores nacionais Zezo Potiguar, que cobrou cachê de R$ 250 mil, e Fátima Marques, conhecida como a rainha das serestas, por R$ 50 mil. Os contratos foram assinados no final do mês de maio e os extratos foram publicados mais recentemente.

ETANOL

Um levantamento semanal feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta que o preço do etanol hidratado baixou em quase todos os estados brasileiros, com exceção apenas de Roraima e do Alagoas, onde teria inclusive aumentado. Para variar, nosso estado teve a maior alta percentual do período, passando de R$ 5,04 para R$ 5,39. Durma-se com um barulho desses.

FUNASA

Em janeiro, comentamos o imbróglio em torno da extinção ou não da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que chegou a ser feita por meio de medida provisória que, não votada, perdeu a validade. Agora, o Governo Lula quer não apenas manter a instituição como entregar para o PP, partido do Centrão, como uma espécie de cala boca para aumentar seu poder de barganha junto ao Congresso Nacional. O órgão é conhecido pela utilização para execução de emendas parlamentares.