No município de Amajari, ao norte do Estado, os servidores efetivos cobram, há 14 anos, a criação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) e reajuste salarial. Devido à atual situação, o Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Amajari (Sitrama) acionou a Folha para denunciar a gestão municipal.
Em entrevista à Folha, o presidente do Sitrama, Lauremir Galvão, afirmou que a classe de trabalhadores está insatisfeita com os vencimentos pagos pela Prefeitura de Amajari e questiona o posicionamento que é dado pela prefeita Vera Lúcia (PSC). “Os servidores se encontram prejudicados e insatisfeitos com o ordenado que recebem”, disse.
“Cobramos o PCCR e não temos respostas exatas. Além disso, os servidores nunca receberam reajuste salarial, sendo que ganham o valor de um salário mínimo [R$ 954,00]. Reunimo-nos com a atual gestão no mês de novembro de 2017 e ficou combinado que teríamos uma resposta em dezembro, no entanto, até hoje não recebemos nenhuma resposta”, acrescentou.
Na contramão, a Câmara dos Vereadores teria aprovado reajuste de 80% no salário dos servidores comissionados do Legislativo municipal no dia 29 de dezembro. “Cinquenta e um funcionários receberam esse aumento. Muitos deles ganhavam R$ 1.500 e passarão a receber R$ 2.680. Foi tudo rápido, chegamos lá já tinha sido votado e aprovado”, afirmou Lauremir Galvão.
Segundo o sindicalista, a prefeita do município alega que a elaboração do PCCR e o aumento para os servidores efetivos não é garantido por conta da falta de orçamento. “Sempre alegam impacto financeiro, mas para os comissionados houve reajuste”, comentou. “Se não houver posicionamento nós vamos ter que tomar outras medidas. Além disso, estamos trabalhando para levar o caso ao Ministério Público”, acrescentou. “Nos dias atuais é complicado se manter com um salário mínimo. É necessário se dividir entre o serviço público e trabalhos do campo para garantir melhor o sustento de casa”, salientou Lauremir Galvão.
OUTRO LADO – A equipe de reportagem da Folha tentou contato com a gestão do município de Amajari pelo telefone pessoal da prefeita Vera Lúcia e pela assessoria de comunicação, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. (E.M)