Cineasta Alex Pizano cria imagens do Monte Roraima utilizando inteligência artificial

O cineasta Alex Pizano está explorando o potencial da inteligência artificial (IA) no campo artístico, mais especificamente na criação de imagens. Pizano desenvolveu uma obra utilizando testes de IA que retratam o Monte Roraima. 

Ele descreveu o processo como sendo baseado em comandos, ou prompts, nos quais ele detalha suas preferências em relação ao estilo dos gráficos, a meteorologia e a composição da cena desejada.” A IA, então, processa essas informações com base em dados online e gera uma imagem que pode se aproximar ou até mesmo superar as expectativas do cineasta em termos de precisão e autenticidade” explicou.

Pizano ressalta que a IA tem sido amplamente utilizada na indústria cinematográfica, desde a concepção de projetos e roteiros completos até a produção de vídeos e artes gráficas para diversas finalidades. “Um exemplo notável é a abertura da série “Invasão Secreta”, produzida pela Marvel para o Disney+, que foi totalmente desenvolvida por meio de IA” disse.

Apesar das discussões acerca dos limites da IA, especialmente no campo artístico, Pizano destaca que ela já está sendo aplicada em diversas frentes. 

Ele utiliza a ferramenta “Leonardo AI Image Generation” devido à sua interface simples e prática. No entanto, o cineasta ressalta que, embora tenha testado também a utilização do ChatGPT para a geração de resumos de argumentos para filmes, essa abordagem ainda é superficial e não consegue reproduzir a sensibilidade e a criatividade autoral presentes na escrita humana. “Esse é um receio compartilhado por muitos roteiristas de cinema atualmente, que se questionam até onde as IA podem chegar” complementa.

Para ele, a IA é uma realidade crescente que está cada vez mais presente na vida das pessoas, mesmo que muitas ainda não estejam cientes disso.

 Alex Pizano tem acompanhado de perto os avanços e atualizações rápidas dessas plataformas, e reconhece que ainda há muito a ser explorado. “A combinação entre IA e criatividade humana é um desafio em potencial para o campo cinematográfico, despertando preocupações e questionamentos sobre os limites e o papel dos roteiristas nessa nova era tecnológica” finaliza o cineasta.