Uma arte marcial brasileira e integrante da cultura nacional, comemora hoje, 5 de julho sua data. O Dia Mundial da Capoeira homenageia a prática que engloba dança, esporte, luta e música, tendo sido originária dos escravos em uma busca de defesa.
A capoeira é reconhecida como um patrimônio cultural imaterial brasileiro, de acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão vinculado ao Ministério da Cultura.
Em Roraima, a capoeira está inserida em diversos municípios, e para Jefferson Dias, fundador do Instituto de Capoeira e Arte Biriba, os grupos de capoeira são responsáveis por gerar um mercado cultural por meio da economia criativa.
“Eventos de capoeira nacional e internacional, além de fomentar o turismo, a culinária, o artesão, as empresas de confecção, entre outros, também estabelecem para quem frequenta a arte de forma direta e indireta, a potência que tem um saber cultural disseminado por meio dos diversos profissionais de capoeira”, ressaltou.
Para Biriba, a capoeiragem não é só técnica, é oportunidade de contar a história dos escravos que viveram no Brasil e trouxeram sua cultura para as raízes do país, por meio das graduações da corda. “Aqui a parte física é um detalhe, mas chega a determinadas graduações que a gente tem que entender essa questão da historicidade do Brasil, junto com a cultura popular e a arte brasileira”, conta o contramestre.
Produzido no Estado com falas de mestres, contramestres, apoiadores, gestores públicos e entusiastas da capoeira, o curta ‘Capoeira em Roraima, nossa roda, nossa raiz’ (Doc, 10min, 2018) é a representação em movimento do fenômeno que é patrimônio cultural da humanidade reconhecido pela UNESCO.
“A produção audiovisual traduz o Brasil construído pelas mãos e pela arte do africano da diáspora em mistura orgânica com os povos originários e contribui para a preservação da memória identitária da capoeira do Estado, bem como, ser um instrumento de alerta a todos sobre as dificuldades enfrentadas”, destacou.