RECEITA DO DIA
Quentão
Fonte: Tempero KITANO
INGREDIENTES:
02 xícaras (chá) de açúcar
500ml de água bem quente
Casca de 1 laranja
03 ramas de canela
05 cravos-da-índia
01 folha de louro
07 rodelas de gengibre
01 garrafa de cachaça (aprox. 1 litro)
02 maçãs cortadas em cubos (opcional)
01 laranja cortada em gomos (opcional)
MODO DE PREPARO:
Disponha o açúcar em uma panela e aqueça em fogo baixo. Mexa com cuidado até que o açúcar comece a derreter e mudar de cor (cuidado para não queimar). Com muito cuidado junte a água bem quente. Acrescente também as cascas de laranja, a canela, o cravo-da-índia, folha de louro e o gengibre. Deixar ferver em fogo baixo até que dissolva completamente o açúcar. Por fim adicione a cachaça e aqueça até quase ferver. Finalize com pedaços de maçã, gomos de laranja e sirva!
Tempo de preparo: 30 minutos
Rendimento: 8 porções
A tradição gastronômica preservada em museus pelo mundo
Quando estive em 2014 na capital peruana, em Lima, para participar da maior feira gastronômica da América Latina, a Mistura, tive um tempo para conhecer alguns lugares na cidade.
Dentre as muitas atrações, encontrei A Casa da Gastronomia Peruana, que foi criada em 24 de março de 2011 com o objetivo de fortalecer a identidade e o turismo gastronômico do Peru. Lá existe uma sala permanente onde se conhece a história gastronômica desde as primeiras civilizações até o presente por meio de recriações, réplicas, vídeos, infográficos e peças requintadas dos séculos 19 e 20, obras de Primitivo Evanan, Tater Vera, utensílios domésticos da Casa Koniglich, entre outros.
A valorização da cultura alimentar do povo peruano faz com que ele se orgulhe de seus ingredientes, sabores, saberes culinários e tradições, acredito que esse é um dos principais pontos para a gastronomia peruana se destacar no cenário gastronômico mundial.
Existem no mundo outros museus dedicados a cultura gastronômica como: o Museu das batatas fritas (Frietmuseum)em Bruges na Bélgica; o Museu da Comida e da Bebida (Museum of Food and Drink – MOFAD LAB) criado em 2013 e fica em Nova York (EUA); na cidade italiana de Parma existe diversos museus da comida, do Presunto ou Museo del Prosciutto di Parma, do Parmigiano Reggiano (queijo parmesão), del Pomodoro (tomate), da Pasta (massa), entre outros.
Esta semana descobri que aqui no Brasil já temos alguns museus que guardar a história de alguns ingredientes e da cultura alimentar de seu estado.
Na região Sul temos o Ecomuseu da Cultura do Vinho, localizado dentro da propriedade do Parque temático Dal Pizzol Vinhos Finos em Bento Gonçalves (RS); e o Museu da Uva e do Vinho em Caxias do Sul (RS), que retrata a identidade cultural do imigrante italiano e seus descendentes, aberto em 2002 dentro da primeira cooperativa vinícola da América Latina.
O Museu da Cerveja de Blumenau (SC), aberto em 1996 com um acervo reunido desde meados do século 19 e a história de uma das primeiras indústrias de bebidas do país, a Feldmann.
O Museu do Café, que fica no imponente prédio da antiga Bolsa Oficial do Café, na cidade portuária de Santos (SP), foi transformado neste museu que resgata a história do grão que enriqueceu o Brasil. Aberto em 1998, o espaço abriga exposições fixas e itinerantes, realiza curso de formação de baristas, de torra e de latte art, e ainda conta com uma degustação de cafés de quase todas as regiões do país.
O Museu da Cachaça de Paty dos Alferes (RJ) é dedicado a bebida destilada, foi aberto em 1991 e reúne mais de 1600 rótulos de cachaça que contam a história da bebida através dos séculos.
E em 2006, foi aberto o Museu da Gastronomia Baiana em Salvador (BA) que conta a história de pratos como o acarajé, o azeite de dendê, a mandioca, entre outros sabores típicos da região. O Museu da Gastronomia Baiana (MGBA) é o primeiro do gênero na América Latina e faz parte do complexo do Senac Pelourinho, com área expositiva e um restaurante.
O Museu da Gastronomia Maranhense é um espaço atual e moderno, sempre com atualizações e que busca pela valorização e resgate referente ao patrimônio material e imaterial, no que tange à culinária maranhense, foi inaugurado em 13 de junho de 2019.
E os estados de Minas Gerais e São Paulo também preparando os seus Museus para os próximos anos. O Museu da Cozinha Mineira tem a intenção de ser inaugurado em 2024 e o local também terá uma escola social de gastronomia. A sede será na Fazenda Boa Esperança, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O casarão é um exemplar da arquitetura rural mineira do final do século 19 e será restaurado pela prefeitura municipal.
Já em São Paulo, a intenção que o Palacete Joaquim Franco de Mello, mais conhecido como Casarão Franco de Mello, na avenida Paulista, número 1919, possa virar o mais novo Museu da Gastronomia de São Paulo.