Construir em Roraima está mais barato. Ao menos é o que indica o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Caixa Econômica Federal (CEF). A pesquisa apontou que o custo da construção por metro quadrado no Estado passou do quinto maior do País, em 2016, para o sétimo mais alto.
O custo da construção civil teve queda de –0,05% em dezembro do ano passado, ficando 0,14 ponto percentual abaixo da taxa do mês anterior. Em 2017, essa taxa só foi maior que as dos meses de fevereiro (-0,21%) e agosto (-0.18%).
O índice acumulou inflações de 2,31% no ano, abaixo dos 5,89% registrados em 2016. Somente os estados de Paraná (2,03%) e Pará (0,55%) registraram variações percentuais menores que Roraima. Em dezembro de 2016, o índice foi 0,01%.
Segundo o vice-presidente do Sindicato da Construção Civil de Roraima, o Sinduscon, Clerlânio Holanda, a diminuição no custo da construção civil em Roraima ocorreu por diversos fatores, dentre eles a queda da inflação, que fechou o ano de 2017 em 2.95%, e no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). “Foi a primeira vez que o IPCA ficou abaixo do piso da meta do Banco Central desde a implantação, em 1999”, disse.
Conforme ele, o IPCA baixo motivou o não reajuste de insumos de relevância na construção civil, como o cimento, que em Roraima é considerado um dos mais caros do País. “O preço do cimento praticamente não teve elevação em 2017. O tijolo, a telha, assim como o aço não foram sequer reajustados”, destacou.
Em Roraima, o custo nacional da construção, por metro quadrado, que em novembro ficou em R$ 1.112,09, passou para R$ 1.111,54 no mês seguinte, sendo R$ 556,23 relativos aos materiais e R$ 555,31 à mão de obra.
EMPREGOS – A baixa no custo da construção civil em Roraima fez Roraima encerrar o ano com saldo positivo na geração de empregos para o setor. De janeiro a novembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram admitidos para mão de obra da construção 2.481 trabalhadores, sendo que no mesmo período o número de demissões foi de 1.716.
“De certa forma, a perspectiva do setor para 2018 é de otimismo, com taxa básica a 7% ao ano, inflação controlada e reforma trabalhista que entrou em vigor. Temos vários empreendimentos verticais com prédios de apartamentos que vai aquecer bastante o mercado e traz boas perspectivas, além das obras públicas que são o carro-chefe do setor”, ressaltou Holanda. (L.G.C)