A FolhaBV vem acompanhando o desenrolar do homicídio que vitimou Daniel Nascimento de Brito, de 18 anos, ocorrido no dia 16 de junho, no bairro Dr. Silvio Botelho. A versão, agora, é contada pela namorada Marialva Alves da Conceição, 27 anos, que esteve em nova manifestação em frente ao Fórum Criminal nesta segunda (10).
De acordo com o relato dela, o dono da conveniência indicou J.W.S.S. para realizar a corrida como motorista de aplicativo. O casal aceitou e pagou para deixar eles em casa. No entanto, o acusado teria dado diversas voltas pela cidade e pedido para parar em qualquer lugar. Nesse momento, Daniel e J.W.S.S. discutiram somente com palavras.
“Ele [o acusado] queria parar na conveniência. O Daniel falou: ‘olha, a gente não quer mais parar em conveniência, eu não vou pagar a bebida pra você. A gente quer ir para casa’. E aí teve uma hora que ele chegou nessa outra conveniência, parou lá, tocou no braço do Daniel. Daniel falou: ‘meu amigo, olha, não toca em mim. Eu quero ir embora, eu não vou parar aqui para beber. […] Tu quer beber tua cerveja? Então, desce, vai beber tua cerveja, a gente não vai descer”, contou Marinalva à reportagem.
A namorada ainda relata que, após J.W.S.S. sair do carro em direção à conveniência, a vítima sugeriu que saíssem do veículo e fossem a pé. Minutos depois, quando o casal já estava caminhando, o acusado retornou até eles, de carro, e parou ao lado de Marinalva.
Teria sido, então, que o acusado xingou Daniel, que revidou, e o chamou para brigar. “Quando o Daniel armou o murro para dar nele, ele já veio com essa faca. Então, no momento em que ele chamou o Daniel para ir lá, estava com total intenção de matar. Ele sabia que o Daniel ia pra cima dele e escondeu a faca. Eu vi ele tirando a faca no momento em que ele perfurou o Daniel”, afirma a namorada.
Desenrolar do caso
Para Marinalva e os demais familiares, o acusado estava intencionado a cometer o crime. A defesa de J.W.S.S., no entanto, alega legítima defesa por suspeita de assalto.
A Polícia Civil também informou que o crime se deu após discussão fútil. O caso também teve solução, uma vez que o acusado se apresentou à delegacia.
Conforme a PCRR, J.W.S.S. não foi preso em flagrante e, somente, receberá voz de prisão se a Justiça assim determinar. Quanto a isso, o Tribunal Judiciário de Roraima (TJRR) foi novamente procurado, mas não respondeu até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto para manifestação.
