CONSUMIDOR

Taxa de inflação registra queda no mês de junho

Em junho, houve uma queda de 0,08% na inflação oficial, ficando 0,31 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,23% registrada em maio.

Taxa de inflação registra queda no mês de junho

A taxa de inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou uma queda de 0,08% em junho, sendo a primeira queda no ano. Essa queda representa uma diferença de 0,31 ponto percentual em relação à taxa de 0,23% registrada em maio. É importante ressaltar que essa é a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%.

No acumulado do ano, o IPCA apresenta uma alta de 2,87%, e nos últimos 12 meses, a alta é de 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses anteriores. Em junho de 2022, a variação havia sido de 0,67%.

No que diz respeito aos grupos que contribuíram para esse resultado, destacam-se Alimentação e Bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%), com impactos de -0,14 p.p. e -0,08 p.p. no índice geral, respectivamente. Os grupos Artigos de Residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%) também registraram quedas. Por outro lado, o grupo Habitação apresentou o maior impacto positivo (0,10 p.p.) e a maior variação (0,69%). Os demais grupos variaram entre 0,06% (Educação) e 0,36% (Despesas Pessoais).

André Almeida, analista da pesquisa, explica que Alimentação e Bebidas e Transportes são os grupos mais relevantes na cesta de consumo das famílias, representando aproximadamente 42% do IPCA. Portanto, a queda nos preços desses dois grupos foi o principal fator que contribuiu para a deflação em junho. Almeida destaca que a queda nos preços está relacionada, por exemplo, ao recuo nos preços do óleo de soja, das frutas, do leite longa vida e das carnes.

No grupo de Transportes, a queda foi influenciada principalmente pelos preços dos automóveis novos e usados, bem como dos combustíveis, exceto pelas passagens aéreas, que tiveram uma alta significativa após uma queda em maio.

Em relação ao grupo Habitação, a alta foi impulsionada pelos preços da energia elétrica residencial e das taxas de água e esgoto, que sofreram reajustes em algumas áreas. No entanto, houve queda nos preços do gás encanado e do gás de botijão.

No grupo Saúde e Cuidados Pessoais, a alta foi influenciada pelos preços dos planos de saúde, que tiveram um reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Quanto aos índices regionais, apenas cinco áreas apresentaram alta em junho, sendo Belo Horizonte a região com a maior variação, devido aos preços da energia elétrica residencial. Por outro lado, Goiânia registrou a menor variação, influenciada pela queda nos preços da gasolina e da energia elétrica residencial.

Com informações do IBGE