NA OPERAÇÃO

Forças Armadas realizaram mais de 100 resgates emergenciais na TI Yanomami

Segundo as Forças Armadas, toda a logística para atendimento na Terra Indígena necessita de preparação específica aos militares e tecnologia avançada nas aeronaves

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Mais de 3.100 pessoas também foram transportadas por aeronaves das forças. (Foto: reprodução)

Em cinco meses de operações na Terra Indígena Yanomami (TIY), as Forças Armadas divulgaram nesta quarta-feira (12), que já realizaram 102 resgates emergenciais em Evacuações Aeromédicas (EVAM). Neste mesmo período, mais de 3.100 pessoas foram transportadas por aeronaves das forças.

Os dados também incluíram que as aeronaves executaram mais de 5.600 horas de voo. Segundo as Forças Armadas, toda a logística para atendimento na Terra Indígena necessita de preparação específica aos militares.

“Para garantir um voo eficiente e seguro, são realizados estudos prévios que avaliam as especificidades do terreno e as condições meteorológicas vigentes no momento do voo. Durante a execução da EVAM, os militares precisam equilibrar a urgência exigida pelo resgate aos preceitos básicos de segurança de aviação, mantendo o controle emocional, o foco no objetivo e a atenção às múltiplas variáveis apresentadas em cada missão”, afirma um dos pilotos de helicóptero na Operação.

Ainda, são necessários equipamentos de tecnologia avançada, como radar meteorológico e o mapa digital. “Esses equipamentos possibilitam elevada consciência situacional, por meio de georreferenciamento, exibindo, inclusive, os obstáculos pelo caminho”.

Logística das cestas básicas

Até o momento foram entregues mais de 24 mil cestas básicas, conforme as Forças. Por isso, detalharam a logística de transporte dos alimentos que atendem mais de 40 comunidades indígenas na TI Yanomami.

“As cestas básicas, cuja composição e a aquisição são feitas pela FUNAI, são transportadas pela
Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e são entregues na Base Aérea de Boa Vista
(BABV). Após o recebimento, as cestas são colocadas em pallets (suportes de forma plana, de metal, madeira ou outro material) para não ficarem em contato direto com o solo e posteriormente são preparadas para serem transportadas — seja por avião ou helicóptero”, explicam.

Na maioria das vezes, as cestas são lançadas de paraquedas porque as aeronaves de grande porte não pousam, atualmente, na pista em Surucucu. Assim, o Pelotão Especial de Fronteira (PEF) recebe e armazena para distribuição.

“A FUNAI designa os locais e sempre envia um funcionário para acompanhar a entrega das cestas. Assim, os helicópteros da Marinha, Exército e Aeronáutica transportam as cargas para serem distribuídas nas mais remotas regiões da TIY”. Segundo as Forças Armadas, algumas cestas, dependendo do acesso, principalmente na região de Auaris, são entregues por meio de embarcações e até mesmo a pé.