Familiares de detentos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) procuraram a FolhaBV para denunciar que suprimentos entregues aos apenados estariam sendo extraviados e não estariam chegando aos reeducandos.
Segundo o relato da familiar de um detento, os kits de higiene, medicamentos e outros itens que seriam destinados aos presos, não estariam sendo entregues. Ela relata que seu familiar, que faz tratamento com medicação controlada, não teria recebido o remédio, comprometendo seu tratamento psiquiátrico.
Relatos também apontam que a comida fornecida aos detentos chega muito tarde e em condições impróprias para consumo, descritas como “estragada” e “azeda” pelos denunciantes.
Os denunciantes não quiseram se identificar por medo de represália.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) que os kits de higiene e limpeza são recebidos mensalmente e distribuídos a todos os internos em cumprimento de pena nas unidades prisionais, inclusive na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, conforme necessidade. E que cada interno assina um termo de recebimento dos materiais no momento da entrega.
A Sejuc esclarece que não recebeu nenhuma reclamação a respeito de comida azeda, e que cada unidade prisional passa pela avaliação de um fiscal específico que acompanha a qualidade e quantidade da refeição distribuída diariamente.
Além disso, todas as unidades prisionais recebem, mensalmente, visitas dos órgãos de controle como forma de atestar a prestação adequada dos serviços. E não há nenhum tipo de reclamação acerca do tema.