Política

Casa Civil diz que apesar da crise, relação entre poderes é tranquila

O chefe da Casa Civil, Frederico Linhares, afirmou que o entendimento institucional é fundamental

Em entrevista ao programa Agenda da Semana, na Rádio Folha AM 1020, no domingo, dia 28, o chefe da Casa Civil do governo estadual, Frederico Linhares, afirmou que apesar do momento de crise e tensão, devido à renúncia do ex-vice-governador, Paulo César Quartiero (sem partido), o relacionamento do executivo com os demais poderes é tranquilo no âmbito institucional. 

Ele ressaltou que a mesma tranquilidade não é encontrada no cenário político, haja vista a abertura de um possível processo de impeachment contra a governadora Suely Campos (PP) por parte da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).

Linhares afirmou que sempre foi interesse do governo manter um diálogo franco, aberto e de aproximação com todos os poderes. “Continua sendo política desse governo, manter uma relação saudável e com todos os poderes. Esse bom relacionamento institucional é fundamental ao bom funcionamento da engrenagem pública”, afirmou.

Apesar da afirmativa, o Governo do Estado não desfruta da mesma situação no cenário político. O Chefe da Casa Civil lembrou que desde o início da atual gestão, em 2015, houve momentos de aproximação e afastamento entre Executivo e Legislativo. “A governadora viu a base aliada aumentar e diminuir por diversas vezes, mas isso prova que ela está aberta ao diálogo”, disse.

O titular da Casa Civil acredita que face aos acontecimentos mais recentes é possível traçar um cenário para as eleições deste ano. “É bem claro que essa renúncia do vice-governador foi uma estratégia para abertura do processo de impedimento contra a governadora Suely Campos. Ela é candidata nata à reeleição pelo Partido Progressista (PP) e os adversários estão se movimento para não permitir isso”, explicou.

Ele ressaltou que há suspeitas de uma armação política para derrubar a governadora Suely. “De fato chegamos a um nível de esgarçamento e tensão muito forte e que inviabiliza uma aliança política. Tudo leva a crer que isso envolve outros políticos, até mesmo no Senado, que estão incomodados com a mudança que ela vem provocando e querem impedir que ela concorra ao cargo novamente”, disse.