Dados da Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), responsável pela aplicação das políticas públicas de assistência social no estado, apontam que, no ano passado, apenas 10 dos 218 imigrantes encaminhados para vagas de emprego pelo Sistema Nacional de Emprego em Roraima (Sine-RR) conseguiram efetivação.
Para melhorar a inclusão de imigrantes no mercado de trabalho, a pasta anunciou que vai ampliar os mecanismos de triagem desenvolvidos pelo Sine, focando o atendimento aos venezuelanos do abrigo do bairro Tancredo Neves, em funcionamento desde 1º de novembro do ano passado.
“Em 2017 foi realizado um trabalho no abrigo para imigrantes venezuelanos do bairro Pintolândia. Uma equipe de profissionais da Secretaria atuava no local, dentre eles, um do Sine-RR, identificando pessoas com documentação regular e com perfil adequado às vagas ofertadas. Esse trabalho foi realizado até o mês de dezembro e será retomado este ano, tanto no abrigo do Pintolândia como no Tancredo Neves”, informou, em nota.
Segundo a Secretaria, a falta de experiência em carteira e ausência de documentação de regularidade no país têm sido os principais fatores que dificultam a inserção de imigrantes no mercado de trabalho em Roraima.
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“Para auxiliar os candidatos que procuram o Sine-RR e potencializar as chances de contratação, são realizadas palestras com orientações sobre como se portar em entrevistas, currículo, além de encaminhá-los a cursos de qualificação oferecidos pela Setrabes”, destacou.
Além do Sine, as ações de capacitação da Setrabes também têm contato com o apoio de organizações não governamentais que gerenciam ações humanitárias nos abrigos.
“No abrigo do Pintolândia acontece uma oficina, voltada à produção de peças artesanais como forma de geração de renda a mulheres indígenas venezuelanas. Para auxiliar na comercialização, foi disponibilizada uma tenda na Expoarrte, feira permanente de artesanato realizada aos domingos no Parque Anauá”, pontuou. (M.L)
