As luzes lilases, acendidas na noite desta terça-feira (1º), no Mirante Edileuza Lóz, do Parque do Rio Branco, marcaram o início do calendário de ações da Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV), no âmbito do Agosto Lilás, mês dedicado ao combate à violência contra a mulher.
Em seu discurso, o prefeiro Arthur Henrique apontou o pioneirismo do Município na implantação da Patrulha Maria da Penha, que foi o segundo a adotar o projeto no Brasil. Ele ressaltou o papel dos órgãos de assistência à mulher e manifestou preocupação com o cenário da violência doméstica no Estado.
“É dever de todos nós ajudar no combate. Precisamos estar atentos aos sinais e não podemos virar as costas. As vezes presenciamos situação na nossa frente e preferimos virar as costas, mas é preciso enfrententar. Faz parte de cada um de nós lutar e acabar e o que vemos acontecendo em nosso Estado é muito deprimente. Fico muito feliz em saber que temos a segunda Patrulha Maria da Penha implantada no país então somos pioneiros nessa ação, além do trabalho do CREAS, o projeto Maria Vai à Escola e o trabalho da Agência Municipal de Empreendedorismo, que tem quase 70% de beneficiários do sexo feminino, o que ajuda no combate a depenência financeira do agressor”
A secretária municipal de Gestão Social, Nathalia Cortez, aponta as parcerias necessárias para a realização das ações pretendidas pela PMBV e ressalta a responsabilidade da sociedade no combate à violência doméstica.
“Temos como parceiros o Ministério Público, o TJRR, as delegacias de proteção a mulher e a patrulha Maria da Penha, que é de responsabilidade do Município e observamos o crescimento dos números da violência contra a mulher. São dados alarmantes que necessitam a ampliação de ações, dar visibilidade ao tema e dar visibilidade ao tema para que a sociedade também se veja responsável no combate a esse tipo de violência”
PATRULHA MARIA DA PENHA
Dentro dos mecanismos de combate à violência contra a mulher da PMBV está o trabalho realizado pela Patrulha Maria da Penha, da Guarda Municipal. Jessyka Pereira é uma das guardas que compõem o grupo de trabalho. De acordo com ela, desde a implantação do programa, em 2015, houveram avanços na garantia da segurança e integridade das mulheres vítimas de violência.
“Antigamente, as mulheres solicitavam uma medida protetiva e elas iam embora para casa com o papel. O juiz não tinha o retorno sobre o cumprimento dessa medida e se a mulher estava bem. E as mulheres não iam até as delegacias denunciar quando ocorria o descumprimento de medida. Com a Patrulha Maria da Penha, há a fiscalização dessas medidas, o acompanhamento e o cuidado dessas mulheres, para garantir a segurança dela. No caso de descumprimento, é mais fácil para que o juiz determine uma prisão, por exemplo”.
Ao longo do mês, diversas ações serão promovidas na cidade, como blitz nas ruas, caminhada, 1ª Corrida Municipal Patrulha Maria da Penha, palestras, encontros de famílias nos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e Centros de Referência de Assistência Social (Cras), rodas de conversas e demais ações de saúde, segurança e bem-estar social.