Cotidiano

Mais de 40 estabelecimentos são autuados pelo Ministério do Turismo

De acordo com o Departamento Estadual de Turismo, as empresas terão prazo de 30 dias para se regularizarem junto ao MTur

Dos 81 empreendimentos alvos de fiscalização conjunta realizada na semana passada pelo Ministério do Turismo (MTur) e Departamento Estadual de Turismo (Detur), 46 estavam operando no setor de turismo em desacordo com a Lei Geral do Turismo. 

Conforme o diretor do Detur, Ricardo Peixoto, entre as principais irregularidades apontadas na fiscalização, que se concentrou em Boa Vista e Serra do Tepequém, no Município de Amajari, Norte do Estado, está a falta de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas e Jurídicas do Turismo, o Cadastur.

“Entre as medidas impostas com a criação da Lei 11.771, que é a Lei Geral do Turismo (LGT), está a que todas as empresas que operam no segmento de turismo no país são obrigadas ter, a inscrição junto ao Ministério do Turismo, por meio do Cadastur, que é a ferramenta que garante não só a legalidade dessas prestadoras de serviços, mas também a segurança da população, em relação ao que está sendo ofertado a ela”, afirmou.

De acordo com Peixoto, todas as empresas notificadas já haviam sido informadas da pendência do cadastro em ocasiões anteriores a fiscalização do MTur, que tem a atribuição de estabelecer ações punitivas. “Dentro dessa questão, compete ao Ministério do Turismo a fiscalização e a organização do setor turístico e os estados receberam, por delegação de competência, a atribuição de monitorar o trade turístico da sua localidade. Antes da vinda da comitiva do MTur, nós realizamos uma ação de convencimento sobre a obrigatoriedade do Cadastur, notificamos algumas empresas, o Estado fez a sua parte, mas esses estabelecimentos não atenderam a esse chamado”, frisou
Atualmente, segundo o MTur, o setor turístico do Estado conta com 135 inscritos no Cadastur, sendo 60 agências de turismo; 30 empresas do ramo de hospedagem; 15 guias de turismo; 10 transportadoras turísticas, oito promotoras de eventos; seis empreendimentos gastronômicos; quatro empresas que prestam apoio de infraestrutura para shows e duas locadoras de veículos.

O diretor do Detur explica ainda que, após a notificação do ministério, é estabelecido junto à empresa um prazo de 30 dias para que ela se regularize junto ao órgão. Caso isso não ocorra, um auto de infração será gerado e o responsável pela empresa será obrigado a pagar uma multa, que pode chegar a R$ 840 mil, dependendo do porte da empresa. “Dessas 46 empresas que foram notificadas, metade já regularizou a situação, ou seja, possuem o cadastro para estarem operando dentro da legalidade. O Cadastur é importante porque dá visibilidade da operação desse prestador de serviço e em Roraima principalmente, já que o setor cresceu bastante nos últimos anos, ficando mais maduro e organizado, embora ainda tenha os seus problemas”, frisou.

CADASTUR – Para se inscrever no Cadastur, o dono do estabelecimento deve acessar a página www.cadastur.turismo.gov.br e, durante o preenchimento das informações, incluir todas as informações documentais que comprovem a legalidade do empreendimento, como contrato social e alvará de funcionamento.

Para aqueles que sentem dificuldades de acesso, já que a plataforma utilizada pelo sistema passou por atualização, a inscrição pode ser feita no Detur, que fica localizado no cruzamento da Avenida Glaycon de Paiva com a Rua Cecília Brasil, no Centro.

“O cadastro é gratuito, ou seja, não é cobrado nenhum tipo de taxa, e o empresário passa a ter a certeza de que está exercendo sua atividade dentro da lei. E para aqueles que estão com dificuldade de acesso, ele pode vir até o Detur, das 7h30 até as 13h30, que a gente faz toda a orientação”, finalizou Peixoto. (M.L)