OPINIÃO

Introdução ao mundo dos investimentos Pt.2: o significado dos tipos de ativos financeiros

Dando continuidade ao mundo dos investimentos, no artigo anterior tratamos sobre uns dos principais índices de mercado que interferem tanto na economia como um todo, quanto nos investimentos que são: Taxa Selic (taxa básica de juros), CDI (que é a taxa negociada das transações entre os bancos) e o IPCA (que é o índice oficial de inflação medido pelo IBGE).

Dos diversos produtos de investimentos disponíveis nas corretoras e nos bancos, nos deparamos com mais uma sopa de letrinhas que gostaria que você pelo menos neste momento, tenha conhecimento de maneira resumida que são os investimentos Pré-fixados, Pós- fixados, de Inflação, Multimercados, Renda Variável e Investimentos Alternativos e que ao longo do texto discorrerei sobre cada um.

De início temos os investimentos Pré-Fixados, aqui entram os CDBs, Títulos Públicos, com taxa fixa combinada na compra ou ainda Fundos de Investimentos com vários ativos pré-fixados. Geralmente são considerados investimentos moderados e agressivos. Ex: CDB Banco BMG com um prazo de 4 anos e taxa pré-fixada de 7,5% ao ano, equivalente estimado a 200% CDI, se a SELIC estiver em 3,75% ao ano. Lembrando que atualmente  a Selic está em 13,75%.

Os investimentos Pós-Fixados, também englobam os CDBs, LCI/LCA (Letra de Crédito Imobiliário e Agrícola), CRI/CRA (Certificado de Recebíveis Imobiliários e Agrícolas), Títulos Públicos, Debêntures (“CDB” de empresas), com taxa em % do CDI combinada na compra, mas que depende desta taxa CDI (SELIC), ou ainda fundos de investimentos de renda fixa com ativos pós-fixados. São em linha investimentos mais conservadores, pois acompanham a taxa de referência do mercado (CDI) e geralmente é aqui aqui que montamos nossa reserva de emergência. Ex: LCI Banco do Brasil com um prazo de 2 anos com taxa de 93% CDI (com isenção de Imposto de Renda) ou CDB Banco Pan com o prazo de 3 anos.

O próximo são os investimentos atrelados a Inflação (IPCA), que mais uma vez englobam CDBs, CRI/CRA, Títulos Públicos, Debêntures e Fundos de Renda Fixa com a taxa dividida em parcela fixa e outra variável indexada à taxa de inflação. Geralmente são ativos mais moderados ou agressivos: Ex: Tesouro Direto Inflação 2035 (NTN-B Principal) >> Taxa IPCA + 3,70% ao ano ou Debênture da Petrobras com prazo de 4 anos a Taxa IPCA + 2,80% ao ano com isenção de IR.

Além dos investimentos atrelados aos principais índices abordados no texto anterior, também temos os Multimercados, que são fundos de investimentos com gestão ativa que podem aplicar em diversos tipos de ativos no Brasil e no exterior (renda fixa, títulos públicos, ações, crédito privado, câmbio, commodities, ouro, etc.) Aqui podem ter ativos conservadores, moderados e agressivos com diversas estratégias.

Do outro lado temos também a Renda Variável que são as Ações, Fundos Imobiliários, Opções e Fundos de Ações de diversas estratégias negociando ativos no Brasil e no exterior. São ativos agressivos.

E por último existem os investimentos Alternativos que são Previdência Privada que no geral estão sempre atreladas a algum Fundo de Investimento e COEs (Certificado de Operações Estruturadas). São ativos em geral mais moderados, mas há alguns conservadores e agressivos.

E aí, você já escutou ou já investe em algum? Se não, está perdendo tempo! Lembrando que esta semana tem reunião do Copom para definir a nova taxa de juros (Selic) e que isso terá impacto diretamente em cada um dos tipos de investimentos abordados acima. Desejo a você uma ótima semana e lembre-se: Investir não é um luxo, mas uma necessidade. É se preparar para o futuro e ter uma maior previsibilidade do que vai acontecer.

Paulo Benedetti

Sócio e Assessor de Investimentos – InvestSmart, credenciada a XP Investimentos.

Ex-consultor em finanças.

Bacharel em Administração.

Bacharel em Relações Internacionais.

Site: investsmart.com.br/paulo-benedetti/

Instagram:@benedettipaulo.xp