DESENROLAR DO CASO

Vaqueiro relata que não tinha intenção de matar ex da companheira no Trairão

A versão do acusado foi repassada pelo advogado de defesa, Diego Rodrigues

Familiares foram junto com o acusado para apresentação ao 5º DP. (Foto: reprodução/arquivo pessoal)
Familiares foram junto com o acusado para apresentação ao 5º DP. (Foto: reprodução/arquivo pessoal)

O vaqueiro C.T.C., de 42 anos, acusado de matar o ex-marido da companheira no Trairão, município de Amajari, informou que não tinha intenção de vitimar Wanderley de Andrade, de 35 anos, no dia 18 de junho. A versão do acusado foi repassada pelo advogado de defesa.

De acordo com a versão contada pelo acusado, C.T.C. teria recebido diversas ameaças de Wanderley por telefone naquele dia. Mais cedo, a companheira, que após o ocorrido pediu separação, também insistiu para que ele fosse à festa no bar.

Estando o casal na festa, o acusado encontra Wanderley, que teria dito palavras de baixo calão a ele. Logo em seguida, o casal teria retornado para casa, mas a mulher pediu que voltasse para pegar os filhos.

Novamente no bar, o acusado e Wanderley se encontram, discutem no banheiro e o crime acontecesse.

Defesa

Conforme explicou o advogado de defesa do acusado, Diego Rodrigues, a situação teria sido rápida, uma vez que C.T.C. viu Wanderley puxar algo, não identificado, da cintura. A ação teria sido em defesa à possível ameaça à vida.

“Ele não foi para fazer isso. Até porque se ele fosse para executar a vítima ele tinha dado não apenas um tiro. Ele tinha descarregado toda a arma, toda a munição na vítima. Mas foi apenas um tiro que, infelizmente, pegou na pessoa e veio a óbito”, pontua Diego.

Diego Rodrigues, advogado de defesa do vaqueiro. (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)

Sobre estar armado, a defesa alegou que a região do Trairão é perigosa. Por isso seria comum vaqueiros andarem armados, mas no caso de C.T.C., principalmente, pelas ameaças do ex-marido da companheira.

“Muitas pessoas se escondem ali, até pessoas foragidas da justiça e ele já estava receoso. A vítima tinha mandado mensagens”, informa o advogado.

O celular

Na versão de defesa do vaqueiro, o celular em que estariam essas mensagens foi levado pela mulher envolvida entre os desafetos. Um boletim de ocorrência foi registrado e o celular ainda não teria sido localizado.

No dia anterior à apresentação do acusado à Polícia Civil, em 06 de julho, a casa onde o acusado mora também foi furtada. Os irmãos da, atualmente, ex-companheira, teriam sido os infratores a mando dela, segundo informações de outro boletim de ocorrência.