AÇÃO INTEGRADA

Suspeito é preso três meses após ataques a indígenas na Terra Yanomami

Outro envolvido no crime ainda não foi localizado. Crime ocorreu em 29 de abril, na comunidade Uxiú, em Roraima

Viatura da Polícia Federal (Foto: PF)
Viatura da Polícia Federal (Foto: PF)

As polícia Federal e Militar prenderam um dos garimpeiros suspeitos de atirar contra indígenas em ação que resultou no ferimento de duas pessoas e na morte de um agente de saúde. O crime ocorreu em 29 de abril, na comunidade Uxiú, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

A 4ª Vara Criminal da Justiça Federal de Roraima expediu o mandado de prisão em junho e, desde então, o acusado estava foragido. Outro envolvido no crime ainda não foi localizado.

No dia do crime, garimpeiros teriam efetuado disparos com arma de fogo em direção a indígenas. Duas equipes da PF, com apoio da FAB (Força Aérea Brasileira) e da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), foram aos locais do conflito para iniciar as investigações, que resultaram na identificação de dois suspeitos.

O caso repercutiu nacionalmente e atraiu a vinda imediata da comitiva do governo federal liderada pelas ministras Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Nísia Trindade (Saúde) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), que anunciaram reforços da segurança da região.

A reclamação de insegurança no território indígena em virtude do garimpo ilegal ainda é real, a exemplo de denúncia feita pelo Siemesp-RR (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Serviço de Saúde do Estado de Roraima), e das ações de desintrusão, agora lideradas pelas Forças Armadas, que elevaram para 125 o número de garimpeiros presos e expulsos da região.