Os números não mentem. O crescimento expressivo de casos de malária em Roraima está preocupando a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Em 2013, mais de oito mil casos foram registrados em Roraima.
Cinco anos depois, foram quase 14 mil. Os maiores índices estão em Boa Vista, Rorainópolis, Caracaraí, Cantá e Pacaraima. Para o secretário de Saúde, Marcelo Batista, o aumento é atribuído aos imigrantes.
Segundo Batista, para piorar a situação, o Ministério da Saúde (MS), enviou nota técnica explicando que não vai mais enviar a medicação para a doença, “porque acabou, devido o aumento de casos”, informou Batista.
Na pactuação, a compra da Cloroquina e Primaquina, medicamentos destinados ao tratamento da doença, é exclusiva do Ministério e não é possível que o paciente o adquira em farmácias, a exemplo.
“Até quando o estoque pode durar, não sabemos? Vamos tentar sensibilizar os ministros para ajudar, porque é um problema do Brasil. Eles são nossos irmãos, mas como gestão de saúde, também precisamos nos preocupar com a qualidade no atendimento”, falou.