Bom dia,

Faz algum tempo que economistas e especialistas no mercado de combustíveis vêm advertindo a defasagem do preço interno da gasolina e do diesel em relação ao mercado internacional, depois que o governo mudou a política de preços da Petrobras. Depois de fazer ouvidos de mercador para o fato denunciado, a diretoria de petroleira divulgou o aumento cavalar de mais de 20% no preço dos combustíveis, e que veio acompanhado de uma expressão que revela a natureza do atual governo: “Lula não é Dilma”. As ações da Petrobras tiveram significativo aumento ontem depois do assunto.

É bem possível que o governo empurre com a barriga uma decisão que vai se impor sobre a Petrobras. A petroleira não é uma empresa pública, mas uma companhia de economia mista com ações na bolsa de valores brasileira e noutras bolsas internacionais. A situação inviabiliza a utilização da empresa com fins políticos como vem sendo feita, que pode inclusive abrir a possibilidade de bilionários pedidos de indenização por acionistas minoritários. Assim, ou o governo privativa ainda mais a petroleira – conduta que é amaldiçoada na atual administração federal-, ou recompra ações para evitar ferir o interesse desses acionistas.

Adiado

O julgamento da ação que trata da suposta infidelidade partidária do vereador Adjalma Gonçalves (Solidariedade), e que pode lhe custar o mandato, foi adiado, ontem, por um pedido de vista do juiz Renato Albuquerque. O magistrado foi convocado para a sessão de última hora e não estava a par de todas as informações para formar uma opinião sobre o caso, que deve voltar à pauta apenas em meados de setembro.

Placar

Quando foi suspenso, o julgamento já tinha dois votos pela procedência da ação, ou seja, decretação da infidelidade e prazo de 10 dias para que o Republicanos indique suplente que ainda esteja no partido para assumir a vaga de vereador de Boa Vista, e três votos, puxados pela divergência formada pela desembargadora Tânia Vasconcelos, pela não procedência da ação e manutenção do parlamentar na vaga.

Perseguição 1

No julgamento sobre a possível infidelidade partidária do vereador Adjalma Gonçalves, chamou atenção a fala feita pelo advogado Alex Ladislau, que defende o parlamentar, sobre a suposta perseguição partidária encabeçada pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos). O relato, com direito a testemunhos, inclusive do deputado Renato Silva (Podemos), trata da demissão sumária de um cargo no governo.

Perseguição 2

Conforme o advogado, as testemunhas relatam que, à época, buscaram o governador Antonio Denarium (PP) para pedir a readmissão de Adjalma Gonçalves, mas obtiveram como resposta que na Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (CAER), “quem manda é o Mecias”. Coincidência ou não, os votos da divergência, e favoráveis ao vereador, mencionaram a referida situação.

Comissionados

Inclusive as magistradas Tânia Vasconcelos e Joana Sarmento levantaram a necessidade de que essa legislação, que prevê a livre nomeação e exoneração de cargos comissionados sem qualquer justificativa, seja modificada, no sentido de garantir estabilidade a servidores que efetivamente estejam prestando serviço. Contudo, sabemos que essa é mais uma moeda de troca no meio político, logo é bem difícil ter fim.

Solidariedade

Alguns deputados, encabeçados pela deputada Catarina Guerra (União Brasil), se manifestaram, ontem, durante a sessão da Assembleia Legislativa, em apoio ao governador Antonio Denarium (PP), que teve a cassação determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral no começo da semana. Contudo, quem acompanhou de perto comentou que, até pelo tamanho do grupo governista, esperava uma reação mais efusiva.

Recurso 1

Pelas falas dos deputados estaduais ontem, durante sessão da Assembleia Legislativa de Roraima, em apoio ao governador Antonio Denarium (PP), ficou perceptível que o discurso público do grupo governista será o de reforma da decisão pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Alguns dos parlamentares mencionaram expressamente essa tese, na tentativa de acalmar os ânimos da população de forma geral e dos que têm vínculos políticos, de negócios e de emprego no atual governo.

Recurso 2

No entanto, esse não seria o sentimento de quem está mais próximo ao núcleo duro de Antonio Denarium. Conforme fontes da Parabólica, em reuniões internas, fala-se em tramitação rápida dos recursos, e receio sobre o destino da relatoria do processo no Tribunal Superior Eleitoral. Um dos nomes temidos pelos interessados seria supostamente do corregedor da instituição, ministro Benedito Gonçalves.

Civil

Editores da Parabólica receberam a informação de que, mesmo diante de reclamações de sobrecarga de trabalho, foco de uma crise interna na Polícia Civil, uma delegada efetiva foi autorizada a se afastar para assumir um cargo comissionado na Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, supostamente a pedido do deputado federal Alexandre Ramagem (PL).