Cotidiano

Número de indenizações pagas por mortes no trânsito aumenta em Roraima

Últimos dados da Seguradora Líder, de 2017, apontam o registro de 120 indenizações por óbito no Estado

O relatório divulgado recentemente pela Seguradora Líder, administradora do seguro dos Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), apontou o crescimento de 23% no número de indenizações por morte no Brasil em 2017. Em Roraima, os dados também apontam um aumento, embora pequeno, de 4,35% do número de óbitos em relação a 2016.

No ano passado, Roraima contabilizou 2.048 indenizações pagas, ficando na 25ª colocação no ranking nacional. No ano anterior, o Estado registrou 2.783 sinistros pagos, ficando na 24ª posição. Em todo o país, foram contabilizados 383.993 seguros pagos em 2017. O número total caiu em relação ao ano anterior, quando foram registradas 434.346 indenizações.

Analisando somente os dados das capitais, Boa Vista melhorou o seu índice de redução de acidentes ficando na 18ª colocação, com 1.702 seguros registrados. Em 2016, a Capital de Roraima apareceu na 14ª posição com 2.441 indenizações.

COBERTURA – Analisando as indenizações pagas por estado de acordo com a cobertura oferecida, de morte, invalidez permanente ou por Despesas Assistência Médica Suplementar (DAMS) em Roraima, das 2.048 registradas no ano passado, 120 delas foram por morte, 1.892 por invalidez permanente e 36 por DAMS. Em 2016, do total de 2.783, foram 115 por morte, 2.638 por invalidez permanente e 30 por despesas médicas.

Comparando a quantidade de acidentes registrados de janeiro a dezembro de 2016 a 2017, o número de indenizações pagas por morte subiu 4,35% em Roraima. As despesas médicas também subiram uma média de 20%, entre os dois anos. No entanto, as indenizações por invalidez permanente teve uma redução de 28,28%.

Acidentes com motocicletas contabilizam o maior número de indenizações em RR

As indenizações pagas por tipo de veículo apresentaram um aumento expressivo em colisões envolvendo motos no país, assim como em Roraima. A motocicleta foi o veículo com o maior número de acidentes em 2017, apesar de representar apenas 27% da frota nacional. Os acidentes com motos concentraram 74% das indenizações. 

Na região Norte, o percentual de indenização por veículo foi de 62% para motocicletas, 25% para automóveis, 9% para caminhões e pick-ups, 3% para ônibus, micro-ônibus e vans e 1% para ciclomotor.

Em Roraima, das 2.048, foram 1.714 indenizações pagas por acidentes envolvendo motocicletas. Bem atrás, estão as pagas por acidentes com carros, um total de 248, seguido por acidentes com caminhões e pick-ups que somam 52, mais 22 por ciclomotor e 12 envolvendo ônibus, micro-ônibus e vans.

HORÁRIO – Os condutores também devem prestar mais atenção no trânsito no período da tarde e da noite. É que 20,99% dos acidentes ocorreram das 13h às 16h59 e 20,32% no período do anoitecer, das 17h às 19h59.
O período da manhã, das 9h às 12h59, somou 16% das indenizações, percentual similar ao registrado no período mais tarde da noite, das 20h às 23h59. O espaço de tempo do amanhecer, entre 6h e 8h59, registrou 14,13% e a madrugada, das 0h às 5h59 somou 11,31%.

Seguro DPVAT é mais pago para homens entre 25 a 34 anos

Das mais de 2 mil indenizações pagas, 70% delas foram destinadas aos homens, deixando as mulheres com os 30% restantes em 2017. No ano anterior, a porcentagem foi praticamente a mesma, com 69% para os homens e 31% para as mulheres em 2016.

No geral, a maioria dos indenizados foram motoristas (1.010), seguidos por pedestres (770) e passageiros (268). Em 2016, os números mantiveram a mesma sequência: motoristas (1.548), pedestres (821) e passageiros (414).

Em 2017, a faixa etária dos envolvidos em acidentes concentra pessoas de 18 até 64 anos. Foram 586 indenizações pagas para pessoas entre 25 a 34 anos; 457 para 18 a 24 anos; 425 para 35 a 44 anos e 393 para 45 a 64 anos. O número cai drasticamente para crianças, adolescentes e idosos, com o registro de seguro pago para 91 pessoas de oito a 17 anos; 73 para quem tem mais de 65 anos e 23 para crianças de até sete anos.

Em 2016, foram 836 pessoas com 25 a 34 anos; 710 com 18 a 24 anos; 528 com 35 a 44 anos; 470 para 45 a 64 anos, 148 para oito a 17 anos, 60 para quem tem mais de 65 anos e 31 para crianças de até sete anos.