As duas principais unidades de referência de Saúde na Capital, o HGR (Hospital Geral de Roraima) e a única maternidade pública do estado, são de responsabilidade da Sesau (Secretaria Estadual de Saúde), mas segundo o secretário-adjunto, Paulo Linhares, hoje não se sabe quanto cada uma delas custa para o Governo de Roraima.
“O problema na Saúde é que se trabalha por demanda. Acontece um problema e resolve, mas não há planejamento a longo prazo. Não tem como dizer quanto custa o HGR. Hoje, se a gente for solicitar suplementação orçamentária para cobrir os custos do HGR e da maternidade, não se sabe dizer quanto custa, quanto tem e quanto pode investir”, declarou.
Kalil Linhares disse que a gestão encontrou um quadro no setor “lastimável” de falta de organização do sistema estadual de Saúde, onde o HGR ficou pequeno para atender as demanda da população. Para ele, o que tem de bom é a qualidade técnica dos servidores.
No diagnóstico inicial, alguns dos problemas encontrados são de equipamentos hospitalares, que são usados diariamente, sem as manutenções corretas; contratos de terceirizados com valores altos; alta dívida com fornecedores, aproximadamente de R$ 50 milhões; salário de dezembro atrasado, dentre outros. “O que foi feito com a Saúde foi um descaso total”, disse.
Os gestores têm como meta colocar o Hospital Regional Sul Ottomar de Sousa Pinto, em Rorainópolis, Sul do estado, para funcionar plenamente, fazendo cirurgias eletivas, cirurgias de emergências, corpo clínico atendendo. Com quatro municípios e vilas próximas daquela unidade hospitalar, a intenção é diminuir a demanda na Capital entre 10% e 15%.
Segundo Linhares, apesar da obra de Rorainópolis ter sido entregue há alguns meses, já tem problema de estrutura física e alagamento. O Centro Cirúrgico está interditado devido a alagamento, e com isso, a previsão é dentro de 10 dias as cirurgias sejam retomadas.
HGR – As constantes reclamações de falta de leito na maior unidade de urgência e emergência para adultos serão resolvidas, segundo o secretário, com a entrega da obra de ampliação, que contempla mais 120 leitos de internação e 40 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “Vamos pedir que empresa se dedique mais obra, porque somente ampliando a estrutura física a gente via conseguir diminuir essas intermináveis filas do HGR”, finalizou.