Bom dia,

PARAVIANA

O antigo litígio envolvendo centenas de residências no bairro Paraviana e a Força Aérea Brasileira (FAB), reacendido essa semana pela ordem de despejo emitida pela Justiça contra uma das moradoras, virou mais uma vez alvo de disputa entre grupos políticos locais. O lado bom da história é que, enquanto cada um quer provar que pode resolver mais que o outro, as vítimas contam com certo apoio no sentido de resolver o caso. Não são críveis essas coisas da Justiça brasileira, leva décadas para resolver uma questão trazendo insegurança jurídica para famílias que moram faz décadas em propriedades adquiridas legalmente.

MAFIR 1

Uma reunião do Conselho de Administração da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (CODESAIMA), ocorrida dias atrás, analisou a proposta de pagamento de débito com a Caixa Econômica Federal e extinção de execução no âmbito da qual se encontra penhorado o Matadouro Frigorífico de Roraima (MAFIR). Mais uma da série de coisas que só acontecem em Roraima.

MAFIR 2

O imbróglio diz respeito a um processo judicial oriundo da contratação de empréstimo junto à Caixa, para a construção de dois conjuntos habitacionais (Alvorada e Paraná), no qual a Codesaima não cumpriu com o contrato celebrado, que foi executado judicialmente pelo banco. Como “cumprimento dessa obrigação” o matadouro acabou sendo dado como garantia.

DÍVIDA

Quando assumiu ainda como interventor em novembro de 2018, o governador Antônio Denárium (PP) anunciou com bastante estardalhaço que o estado devia mais de 8 bilhões de reais. Agora quase cinco anos depois, o governo diz ter pago algo em torno de 2,5 bilhões dessa dívida, nunca descriminada. Observador político ouvido pela Parabólica diz que essa notícia é o prenúncio da historia do desejo do governador do estado de tomar dois bilhões de empréstimo junto a bancos oficiais. Fato já denunciado pelo ex-senador Telmário Mota.

POSITIVO.

No dia 21 passado, o governador Antonio Denarium (PP) sancionou a lei que garante isenção de taxa de inscrição em concurso público e processo seletivo a pessoas que sofreram violência doméstica e familiar. A medida é considerada positiva visto que, geralmente, as vítimas desse tipo de violência passam por situação de extrema vulnerabilidade social, e não possuem recursos para arcar com esses custos.

MOÇÃO

A proposta de uma moção de apoio ao governador Antonio Denarium (PP), por conta da sua cassação pelo Tribunal Regional Eleitoral, dias atrás, causou divergências internas em uma entidade ligada à cultura. Parte dos membros acatou o pedido com a justificativa de que a questão gera, de alguma forma, instabilidade política ao estado, enquanto houve quem se negasse exatamente pelo fator político do pedido.

MORNO

Aliás, o clima “morno” da classe política local apenas alguns dias após a decisão da maioria do pleno do TRE-RR, vem sendo interpretada por alguns analistas políticos como sinal de descrença da população para com a Justiça Eleitoral. Como, além dos prazos comuns à tramitação desse tipo de ação, a decisão também depende do fator humano, há quem aposte que esse julgamento final pode perdurar até por anos.

CONTROLE

Por outro lado, correligionários mais próximos ao grupo governista afirmam que advogados de uma banca de Brasília, contratada para acompanhar o caso junto ao Tribunal Superior Eleitoral, garantem conseguir reverter a decisão por lá, no caso específico dessa representação eleitoral do Avante contra o governador Antonio Denarium, o que explicaria, em tese, o clima morno nos bastidores.

ALTERNATIVA

Mesmo em climas morno as conversas de bastidores não param. Numa delas está sendo aventada a hipótese de que no caso do efetivo, e definitivo, afastamento do governador Antônio Denarium ele teria uma “carta na manga” para surpreender todo mundo. Trata-se da possibilidade dele lançar como candidata ao governo estadual sua própria mulher, Simone Souza, que hoje ocupa uma vaga de conselheira no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Com a palavra os especialistas em direito eleitoral sobre a legalidade dessa candidatura. Um especialista ouvido pela Coluna, apenas um até agora, diz que a alternativa é juridicamente possível.

Pois é, os argentinos perderam a paciência com a dupla peronista de esquerda – Alberto Fernandes e Cristina Kirchner-, que governa aquele país, que já foi considerado o mais desenvolvido do mundo. Submetida a práticas de populismo e roubalheira, mais da metade da população argentina vive hoje na miséria, e depende de “bolsa Família” de lá para comer alguma coisa por dia. A inflação e o desemprego estão fora de controle e o país não tem como honrar seus compromissos externos. Sem paciência, milhares de pessoas promoveram, ontem, saques em lojas e supermercados de Buenos Aires, a Capital portenha.

SE QUISER

Acredite se quiser. Apesar de todos saberem que no governo Lula da Silva (PT) não existe a menor possibilidade de construção de hidroelétrica em Roraima e na Amazônia, alguns professores e alunos da Universidade Federal de Roraima (UFRR) promovem um encontro contra a construção da Hidroelétrica do Bem-Querer no rio Branco. O evento vem em reação a possível conclusão dos estudos de viabilidade técnica e ambiental da obra.