OPINIÃO

Conceitos básicos sobre síndrome da apneia obstrutiva do sono

Marlene de Andrade

“O prudente antevê o perigo e toma precauções; o ingênuo avança às cegas e sofre as consequências.” (Provérbios 27:12)

A Apneia Obstrutiva do Sono é a interrupção completa do fluxo de ar através da via nasal ou da boca, por um período de pelo menos dez segundos. Essa doença cursa com pausas respiratórias durante o sono, impossibilitando o paciente de ter um descanso reparador.

Esse distúrbio é caracterizado pela obstrução parcial ou total das vias aéreas, cursando com paradas repetitivas da respiração, enquanto a pessoa está dormindo. A respiração cessa porque as vias aéreas fecham impedindo assim que o ar chegue até os pulmões.

Esse distúrbio pode ocorrer por vários fatores, a saber: os músculos da garganta e da língua estarem muito relaxados, obesidade, formato da cabeça e pescoço, que podem deixar menos espaço à passagem de ar na boca e garganta do paciente.

Os sinais e sintomas são: roncos e sonolência durante o dia, falta de ar, dor no peito e uma sensação de desconforto. Pode ocorrer também desorientação, dor de cabeça, sensação de boca seca e dor de garganta pela manhã. Pode ainda ocorrer alterações na personalidade, dificuldade de concentração, impotência sexual e irritabilidade.

Esse distúrbio, às vezes, desencadeia doenças letais como, por exemplo, AVC, e o pior é que grande parte dos pacientes convivem com esse problema de saúde sem receber o diagnóstico e, por isso, continuam vivendo sem tratamento.

O diagnóstico médico é feito com o auxílio de um exame denominado de polissonografia, que monitora o sono através de equipamentos eletrônicos e do exame clínico, o qual é indicado para que seja avaliada a condição do trato respiratório do paciente, o qual deve mudar seus hábitos de vida, pois isso pode trazer grande melhora do sono. Deve também evitar bebidas alcoólicas e procurar sempre dormir de lado e se alimentar levemente antes de dormir. Não deve fumar e sempre precisa seguir a orientação do seu médico.

O paciente não pode se esquecer de que esse problema de saúde é grave, com probabilidade de alterar a vida dele drasticamente, mas com tratamento correto, a respiração adquire um ritmo regular, os roncos cessam e o sono é estabelecido e a qualidade de vida melhora bastante.

Marlene de Andrade

Médica formada pela UFF

Título em Medicina do Trabalho/ANAMT

Perita em Tráfego/ABRAMET

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL

CRM-RR 339 RQE 341