As fiscalizações da Operação Escudo serão intensificadas mais uma vez. O reforço, que já havia sido feito em janeiro deste ano, será realizado pela 1ª Brigada de Infantaria de Selva (1ª BdaInfSl) como forma de apoio ao decreto de emergência social do Governo Federal, assinado na semana passada. Na ocasião, o presidente da República, Michel Temer, garantiu que nove dos 11 pedidos feitos pelo Governo do Estado seriam cumpridos, entre eles, dobrar o número de militares na fronteira.
Por dia, aproximadamente duzentos veículos estão passando pelas fiscalizações da Operação Escudo, responsável por combater delitos transfronteiriços e ambientais de forma permanente. Só no último sábado, 17, entre 8h e 20h, 180 carros, dois ônibus e 10 motos entraram no país vindos de Pacaraima, município localizado a cerca de 200 quilômetros da capital, na região norte do Estado, na fronteira com a Venezuela.
No domingo, 18, na fiscalização da BR-174, na região do Anel Viário, passaram 185 carros, 18 caminhões, cinco ônibus e 22 motos. Nos veículos embarcavam 11 guianenses, 158 venezuelanos, dois portugueses e 28 indígenas da etnia Warao. “Controlamos as fronteiras, mas se alguém tenta escapar do controle fronteiriço, é provável que passe pelo Anel Viário”, disse o comandante da 1ª BdaInfSl, general Gustavo Henrique Dutra.
Pelo fato de ser uma operação constante, o Exército cumpre com o papel constitucional na faixa de fronteira e, assim, contribui para a proteção da sociedade roraimense. “Vamos colaborar nesse esforço do Governo Federal, agora que teremos a Força-Tarefa Logística Humanitária à frente dessa ajuda humanitária, a operação é uma forma de auxílio”, relatou Dutra.
Para a execução da Força-Tarefa Logística Humanitária em Roraima, está prevista para esta quinta-feira, 22, a chegada do general Eduardo Pazuello, da Base de Apoio Logístico do Exército, que foi designado como coordenador da Força-Tarefa. Na cadeia de comando, o general Pazuello vai se reportar ao Comando Militar da Amazônia (CMA), sediado em Manaus.
APREENSÃO – Para o general Dutra, as apreensões fronteiriças estão baixas tanto em Pacaraima, onde o principal produto apreendido é o combustível, como em Bonfim, onde o principal descaminho são produtos acima da quantidade, como roupas e alho. Este ano, até o momento, não houve prisões. Em contrapartida, um dos pontos destacados pelo general foi a rota de arma e narcotráfico. “Roraima não é rota de arma e narcotráfico, a quantidade é insignificante. Ano passado apreendemos duas armas desmontadas dentro de tanques de combustível. Têm, entram, mas não é rota”, finalizou.
PARCERIA – Na realização do trabalho fronteiriço, a Operação Escudo conta com a participação de Órgãos de Segurança Pública das esferas federal e estadual, como Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar (PM), bem como com integrantes da Receita Federal do Brasil e Secretaria Estadual da Fazenda. (A.G.G)