O mês de agosto é reconhecido como “Agosto Lilás”, e para Layse Dantas e Tamara Torres, foi um período dedicado à conscientização e prevenção da violência contra a mulher.
Durante este mês, diversas ações foram realizadas para aumentar o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha e orientar sobre como agir em casos de violência.
Neste contexto, surgiu a união do “Agosto Lilás” ao projeto “Todos Por Elas”, resultando em uma série de palestras durante o mês em instituições privadas, escolas públicas e órgãos federais.
O principal objetivo foi aumentar o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha e como agir em casos de violência. Além disso, o projeto oferece acolhimento para mulheres vítimas de violência.
A psicanalista e advogada, Layse Dantas conta que as palestras abordaram a problemática dos relacionamentos abusivos, destacando as principais características desse tipo de relação, onde o medo predomina.
“Muitas vezes, as mulheres acreditam que seus parceiros têm comportamentos abusivos devido a personalidades fortes, estresse ou problemas pessoais. À medida que o abusador persiste, ele ganha mais poder. Portanto, esses são temas de extrema importância, pois é difícil para a vítima identificar um relacionamento abusivo inserido nesse contexto”, explicou.
Ela explica que conscientizar as pessoas é crucial, e também é importante abordar os impactos na Lei Maria da Penha, incluindo a questão da violência doméstica, que não se limita à violência física, mas abrange também a violência psicológica e patrimonial.
“É gratificante poder fornecer informações e conscientização à população para que cada vez menos mulheres se tornem vítimas dessa dinâmica”, declarou.
“TODOS POR ELAS”
A palestrante e policial militar, Tamara Torres fundou o projeto “Todos por Elas” e conta que a motivação surgiu da experiência pessoal na Coordenadoria de Policiamento Comunitário e Direitos Humanos da Polícia Militar.
Durante esse período, Tamara Torres trabalhou no atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica.
Após sair desse trabalho, sentiu a necessidade de continuar auxiliando essas mulheres de alguma forma. Foi então que decidiu reunir um grupo de amigos que acreditavam no projeto.
“O projeto envolve mais de trinta pessoas, incluindo psicólogos, fisioterapeutas, médicos e advogados, que colaboram de acordo com suas possibilidades. O acompanhamento diário do trabalho é fundamental para assegurar que as ações sejam bem-sucedidas”, disse ela.
A policial conta que sente uma grande motivação ao realizar palestras e atividades relacionadas ao projeto. “A satisfação de contribuir para a sociedade, de mostrar às mulheres que não estão sozinhas e de compartilhar a dor delas é muito gratificante”, complementou.
PALESTRAS ESPECIAIS
Em escolas, instituições privadas ou órgãos federais, as palestrantes conseguiam cativar a atenção dos público levando a identificação e mostrando que elas não deviam sentir constragimento em falar sobre o assunto.
Outra palestrante parte da ação foi Ana Lúcia Nascimento, psicóloga que abordou o tema saúde mental.
Elas encerram as programações do mês com o repletas de gratidão e o dever de uma missão cumprida, com a palestra na Polícia Federal na tarde desta quinta-feira, 31.
A agente administrativa da Polícia Federal, Alana Souza, destacou a importância da palestra reconhecendo o valor do trabalho que estão realizando.
“Mais de cinquenta por cento das pessoas que responderam o questionário durante a palestra já sofreram algum tipo de violência. É um tabu portanto, falar do assunto é uma oportunidade muito importante e com certeza foi uma experiência maravilhosa”, disse ela.
Alana é o ponto focal do programa Rosa dos Ventos, um programa institucional focado na melhoria da qualidade de vida dos servidores e na aproximação destes com a instituição. O programa também aborda a prevenção ao suicídio.
